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Após denúncias de fraudes na Seduc, Moisés da Silva é exonerado da Assembléia Legislativa

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) exonerou o assessor parlamentar Moisés Dias da Silva, acusado de ter composto o esquema de fraudes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A decisão, proferida na última quarta-feira (11), já foi publicada no Diário Oficial. Moisés da Silva foi apontado pela “Operação Rêmora” como suposto organizador do esquema de cobrança de propinas para liberação de pagamentos à empreiteras que executavam obras de unidades escolares do Estado. O acusado está preso preventivamente desde o dia 03 deste mês.

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Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), cujo braço policial, o Grupo de Atuação Especial em Combate ao Crime Organizado (Gaeco) coordena as investigações, a organização criminosa era composta pelo núcleo de agentes públicos, o núcleo de operação e o núcleo de empresários. Moisés da Silva participava do primeiro, junto aos servidores Wander Luiz dos Reis e Fábio Frigeri. Eles estariam encarregados de viabilizar as fraudes nas licitações da Seduc mediante recebimento de propina.

Integrava o núcleo de operação Giovanni Bellato Guizzardi, Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues. São eles os mandatários dos servidores públicos e os encarregados de fazer os contatos diretos com os empresários que faziam parte do terceiro núcleo.

Entre os empresários do ramo da construção civil envolvidos no esquema destaca-se o ex-deputado estadual e governador de Mato Grosso, Moisés Feltrin que foi detido durante a Operação Rêmora. Feltrin é empresário do setor de construção e por determinação judicial seria conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos, mas como em sua casa foram encontradas armas de fogo, o mesmo foi detido em flagrante.

Além disso, Moisés da Silva é o segundo preso da “Operação Rêmora” a entrar com pedido de liberdade no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Antes, o ex-servidor Fábio Frigeri havia entrado com pedido liminar de liberdade no último dia 05, durante plantão. Pedido que foi negado pelo desembargador Pedro Sakamoto e ratificado por Dower Filho, que julga agora o pedido de Moisés.

No total, o núcleo de empresários possui 23 empresários e pelo o menos 20 obras foram fraudadas durante a ação do cartel. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões.
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