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Notícias / Constitucional

Mesmo com mudança no cenário político, OAB reitera apoio ao afastamento de Dilma

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira e Lázaro Thor Borges

Em entrevista ao Olhar Jurídico, o presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, reiterou o apoio da entidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Roussef (PT). A OAB-MT e mais 25 seccionais de todo país assinaram um documento de apoio ao afastamento de Dilma e na posse do presidente interino Michel Temer (PMDB).

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De acordo com Campos, tanto a OAB-MT quanto as demais seccionais e o Conselho Federal não modificarão o posicionamento em relação ao processo político-jurídico de afastamento. Leonardo também negou os boatos de que exista uma corrente dentro de algumas seccionais que defendam uma reavaliação da posição da ordem enquanto ao impedimento.

“Os presidentes das diversas seccionais do país tem um grupo no whatsapp onde trocamos informações a todo momento e até agora ninguém mencionou essa mudança de posicionamento. Não há nenhuma possibilidade de que isso aconteça”, afirmou.

A OAB estadual foi a única seccional em todo país que encaminhou a votação em aberto, o que resultou em decisão unânime. Ainda conforme Leonardo Campos, o objetivo era que o objeto do processo fosse alargado, levando em conta também os desdobramentos da Operação Lava Jato.

Em contrapartida, advogados de todo país que se diziam contrários ao impedimento chegaram a publicar um manifesto criticando a decisão do Conselho Federal e defendendo a permanência de Dilma Rousseff.

Impeachment e Lava Jato:

Campos também negou que o impeachment seria um processo que facilitaria a barrar politicamente a Operação Lava Jato. Em áudios vazados recentemente pela imprensa, conversas entre o expresidente da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-ministro Romero Jucá (PMDB) sugeriam um plano que objetivasse atenuar ou estancar os efeitos das investigações.

“A Lava Jato tem vida própria e a OAB já pediu, inclusive, o afastamento de ministros do atual governo que também estão sendo investigados na operação”, alegou Leonardo Campos.

O presidente da OAB também afirmou que um dos motivos para a entidade ter ingressado com o pedido foi fato de que havia indícios suficientes de que a então presidente Dilma agia para barrar a investigação. Como no caso em que o ex-presidente Lula foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil pela presidente.
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