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Juíza determina soltura de ex-servidor Fábio Frigeri acusado de compor esquema na Seduc

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, determinou a soltura do ex-assessor da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Fábio Frigeri, réu na ação penal oriunda da “Operação Rêmora”. Ele ainda deverá pagar fiança na quantia de R$ 22 mil. Frigeri cumpria prisão preventiva no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde 03 de maio e foi solto na noite desta segunda-feira (19). O réu deverá usar tornozeleira eletrônica, assim como o ex-secretário Permínio Pinto.

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O pedido de soltura foi entregue em mãos à magistrada logo após o término de seu interrogatório na noite de sexta-feira (16) e foi deferido, tendo em vista o encerramento da fase de instrução e julgamento desta ação penal. 

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a participação de Fábio Frigeri na organização criminosa ocorria por meio do "núcleo de agentes públicos" do esquema. Além deste, havia o "núcleo de operação" e o "núcleo de empresários".

Integravam o núcleo de operação Giovanni Bellato Guizzardi, Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues. São eles os mandatários dos servidores públicos e os encarregados de fazer os contatos diretos com os empresários que faziam parte do terceiro núcleo.

Entre os empresários do ramo da construção civil envolvidos no esquema destaca-se o ex-deputado estadual e governador de Mato Grosso, Moisés Feltrin que foi detido durante a Operação Rêmora. Feltrin é empresário do setor de construção e por determinação judicial seria conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos, mas como em sua casa foram encontradas armas de fogo, o mesmo foi detido em flagrante.

No total, o núcleo de empresários possui 23 empresários e pelo o menos 20 obras foram fraudadas durante a ação do cartel. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões.
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