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Afastado, promotor continuará recebendo salário de R$ 24,8 mil mas pode ser exonerado

Da Redação - Wesley Santiago

O promotor de Justiça Fábio Camilo da Silva, lotado em Guarantã do Norte, continuará a receber o salário de R$ 24.818,90. Ele foi afastado do cargo e responderá a um procedimento administrativo de incompatibilidade e inaptidão para exercício do cargo. Porém, o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Mauro Curvo, explicou ao Olhar Jurídico que ele poderá ser exonerado, já que ainda está em estágio probatório: “Se isto acontecer, não tem mais salário”.

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“Nós acabamos de fazer a reunião extraordinária e foi instaurado um procedimento que, caso seja julgado procedente, irá declarar a incompatibilidade e inaptidão para exercício do cargo. Além disto, ele também foi afastado do exercício do cargo. Foi extraída cópia desta representação para avaliação de eventual prática de crime nas condutas dele”, explicou o procurador-geral.
 
Mauro Curvo ainda explicou que “afastado, nestas condições, o promotor continuará a receber o salário. Temos um prazo para tentar ultimar este procedimento e pretendemos fazê-lo. Caso seja exonerado, não tem mais salário, acabou. Porque ele não é vitalício, ainda está em estágio probatório”. A remuneração efetiva do procurador substituto é de R$ 24.818,90.
 
“Aquilo que ele fez, em tese, poderia gerar também uma eventual demissão lá na frente. Qualquer um de nós pode ser condenado criminalmente e perder o cargo. Se ele fosse vitalício, demoraria mais o processo, que só viria após uma decisão que reconhecesse a prática de crime. Como ele não é, fazemos o procedimento administrativo e o exoneramos. Ainda temos que aguardar para ver o que está acontecendo com ele”, finalizou o procurador-geral.
 
O caso
 
Na madrugada de domingo (02), o promotor foi acusado de ameaçar hóspedes de um hotel da cidade e jogar água em um deles. Já na parte da manhã, o suspeito ainda teria quebrado o vidro de uma emissora de TV do município. Ele ficou ferido na perna por conta do fato.
 
Antes, o promotor envolveu-se em confusão com a Polícia Militar, em uma rodovia nas proximidades de Peixoto de Azevedo. Segundo o relato, o membro do Ministério Público Estadual (MPE) estaria alcoolizado e desafiou o policial que o abordou, arrancando-lhe o boné da cabeça e também o enforcando. Ele não foi preso por possuir prerrogativa de foro.
 
O Ministério Público Estadual (MPE) emitiu nota neste domingo (02) lamentando os escândalos encabeçados pelo promotor de justiça Fábio Camilo da Silva, lotado em Guarantã do Norte. O órgão ministerial adianta que todas as providências estão sendo tomadas para apuração da conduta e medidas disciplinares serão tomadas.
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