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Notícias / Criminal

Investigado na 'Bereré', empresário e ex-cunhado de Savi foi citado em esquema de R$ 9,4 mi na AL

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Dentre os 49 investigados da “Operação Bereré” está o empresário de Sorriso (a 397 km de Cuiabá) Valdir Daroit, irmão da ex-esposa do deputado Estadual Mauro Savi. Na manhã desta segunda-feira (19), a Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar,  cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência de Sorriso, situada na Rua Olavo Bilac, no centro.

Valdir Daroit também foi citado pelo Ministério Público Estadual (MPE) na “Operação Ventríloquo”, que versa sobre organização criminosa que, entre fevereiro e abril de 2014, roubou dos cofres da AL cerca de R$ 9.480.547,69 mediante pagamentos forjados ao então advogado do Banco HSBC Joaquim Fabio Mielli Camargo. Neste esquema, a esposa de Daroit, Leila Clementina Daroit, teria Mauro Savi na aquisição de Porsche Cayenne, veículo esportivo de luxo avaliado em R$ 208,5 mil além de cerca de R$ 117 mil em gado. 

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Segundo o MPE, na Ventríloquo, “Valdir Daroit e sua esposa denunciada Leila Clementina Sinigaglia Daroit, de forma habitual, ocultaram e dissimularam a natureza, origem, localização e movimentação de valores provenientes do crime de peculato perpetrado pelo deputado Mauro Savi”.

O MPE, à época, propôs interpretações para a movimentação financeira realizada. “De duas, uma: ou o veículo foi adquirido para uso efetivo do próprio denunciado Mauro Savi e colocado nome de sua cunhada; ou tratou-se de forma de quitação de alguma dívida de Mauro Savi com seus sócios da fazenda Curió”, consta da denúncia. 

A denúncia que apresenta as informações acima descritas foi publicada no dia 22 de novembro de 2016.

O MPE não descreve, até o momento, qual teria sido a participação de Valdir Daroit neste suposto esquema do Detran-MT. Tanto ele quanto Mauro Savi foram alvos de pedidos de prisão preventiva, que foram negados pelo desembargador José Zuquim.

Uma breve pesquisa ao site ConsultaSócio aponta que Valdir Daroit começou no mundo dos negócios em 1982 e hoje é sócio de seis empresas em Mato Grosso e de uma no Paraná, cujas atividades vão de fabricação de álcool à cultivo e comércio de soja e locação de imóveis. O capital de cada empresa gira em torno de R$ 2.350.000,00.  

Dentre outros alvos da ação está o parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Eduardo Botelho e o ex-deputado federal Pedro Henry.

O que se sabe até o momento é que se trata de organização criminosa integrada pelos 49 alvos citados pelo MPE no pedido de prisão coletiva. Outras pessoas “ainda não identificadas” compõem a “rede criminosa formada por três núcleos autônomos, que agem concatenados para a prática de condutas ilícitas”.
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