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À unanimidade, Pleno do TJ nega libertar advogado denunciado por corrupção no Detran

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

À unanimidade, o Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou liberdade ao advogado Pedro Jorge Taques, irmão do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques. Pedro foi preso no dia 09 de maio pela "Operação Bereré - Bônus". A decisão votação ocorreu na tarde desta quinta-feira (26).

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A defesa de Pedro Zamar Taques alega que a prisão preventiva decretada pelo desembargador José Zuquim, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) leva em consideração alegações infundadas e sem comprovação trazidas pelo empresário e delator premiado José Henrique Gonçalves, sócio da EIG  Mercados. 

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Kobori, Paulo e Pedro Zamar Taques, valeram-se des seus conhecimentos jurídicos privilegiados para criarem engenhosas artimanhas para maquiar o recebimento de propina no esquema.

“Ao visualizar a possibilidade de ascensão ao governo do Estado e tendo conhecimento da existência da organização criminosa e do esquema ilícito por ela operado dentro do Detran, Paulo Taques, Pedro Taques e Valter Kobori (...), não perderam tempo em tornar-se parte da organização e iniciar a solicitação e recebimento de propina em razão do cargo que, futuramente, Paulo Taques exerceria”.

Bereré
 
A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry também foi alvo na ocasião.
 
O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.
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