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Notícias / Política de Classe

Empossado, novo presidente do TJ diz que não conta com hipótese de redução de duodécimo

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Da Reportagem Local - Érika Oliveira

O desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, que tomou posse como presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na tarde desta quarta-feira (19), declarou que não trabalha com a hipótese de corte ou manter congelado o repasse do duodécimo, e espera que o governador eleito Mauro Mendes (DEM) se sensibilize com as necessidades do Poder Judiciário.

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Em conversa com jornalistas minutos antes da cerimônia de posse da nova diretoria do TJ, Rocha explicou que o Poder Judiciário precisa de R$ 100 milhões a mais no próximo ano, para conseguir manter mais pelo menos 30 magistrados para atender a população do Estado.

“Vou ser breve. Se não tiver orçamento, não vamos conseguir prestar os serviços que a população merece. Temos hoje faltando 30 magistrados. Se não tiver duodécimo não vamos ter estes 30 magistrados e quem vai sofrer com isso é a população. Vou insistir, o governador é sábio e sensível. Ele não fará isso e vamos chegar ao denominador comum, pois ele sabe que o orçamento do judiciário é o mesmo há quatro anos”, disse o desembargador.

Ainda de acordo com o magistrado, o TJ precisará de algo em torno de R$ 100 milhões a mais a partir do ano que vem para manter mais juízes e servidores. Ele também afirmou que não trabalha com a hipótese de redução do duodécimo.

“Nosso orçamento é de R$ 1,16 bilhão e seria R$ 1,116 bilhão. São R$ 100 milhões a mais. Este valor serviria para pagar mais juízes, servidores. Um exemplo é que temos 30 cargos vagos de juiz. Com este valor já serviria para estes 30 magistrados. O Judiciário não trabalha com a hipótese de redução de forma alguma”, afirmou.

O novo presidente também declarou que novas medidas serão tomadas para garantir a segurança nos Fóruns em todo o Estado. “Vamos a partir do início do ano tomar várias medidas, algumas que já foram iniciadas e outras que vamos iniciar, como porta giratória, esteiras e vários outras para evitar qualquer acidente ou incidente dentro do Fórum”, finalizou.

Desde que foi eleito e teve acesso a situação financeira do Estado, Mauro Mendes tem afirmado que os Poderes, assim como cada cidadão terá que contribuir com o corte de gasto e que é impossível o aumento de despesa a partir do ano que vem.

Os desembargadores Carlos Alberto Alves da Rocha e Maria Helena Gargaglione Póvoas foram eleitos presidente e vice-presidente, respectivamente, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e Luiz Ferreira da Silva o corregedor-geral da Justiça para o biênio 2019/2020. Os magistrados foram eleitos por aclamação, no mês de outubro em decisão unânime.
 
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