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Notícias / Criminal

Justiça compartilha provas com Corregedoria da PM para embasar sindicância dos grampos

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O juízo da 11ª Vara Criminal de Cuiabá deferiu pedido da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (CGPM) e determinou o compartilhamento de provas que compõem o caso dos grampos. O objetivo é embasar a sindicância instaurada contra os coronéis Evandro Ferraz Lesco e Ronelson Barros.
 
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Conforme informações divulgadas no pedido da Corregedoria, inicialmente algumas cópias foram compartilhadas, mas não continham áudios dos interrogatórios dos militares. A sindicância descreve parcialmente os supostos crimes cometidos por ambos.
 
Segundo os autos, a Polícia Militar tomou conhecimento que o coronel Zaquel Barbosa, em 2014, quando então subchefe da PM em Mato Grosso, criou um núcleo de inteligência com o objetivo de interceptar ligações telefônicas ilegalmente. O trabalho do grupo seria interferir no pleito político de 2014.
 
“Dessa maneira, extrai-se que há indícios fortes de cometimento de diversas transgressões disciplinares praticadas”, afirma trecho da sindicância.
 
Na Justiça Militar o caso ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira.  são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso grampeou de maneira irregular uma lista com dezenas de pessoas que não eram investigadas por nenhum crime.  
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes Neto, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.   

O esquema de arapongagem já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico. 
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