Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos considera que “paira uma nuvem sombria” sobre o Ministério Público (MPE) quando o assunto é o esquema de interceptações clandestinas investigadas no caso conhecido como “grampolândia pantaneira”.
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A provocação é endereçada ao procurador de Justiça Domingos Sávio, coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) Criminal. A Justiça de Mato Grosso) negou retirar três Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs) contra promotores suspeitos de interceptações telefônicas ilegais dos autos de um notícia-crime oferecida pela OAB.
“O Ministério Público precisa dizer o motivo que ele não quer que a OAB acompanhe. E que não me venha com argumentos jurídicos. Esses já foram superados. Os argumentos jurídicos já estão conhecidos”.
O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), esclareceu que desmembrar os procedimentos contra membros do Ministério Público da notícia-crime seria o mesmo que investigar “às escuras, entre quatro paredes”.
Leonardo Campos explicou ainda que o objetivo da OAB é apenas acompanhar os desdobramentos. “A Ordem não quer investigar. O que a Ordem quer e estava fazendo é sugestão de diligência. Sugestão”.