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Notícias / Criminal

Juiz declara prescrito processo contra Arcanjo por peculato e lavagem de dinheiro

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O juiz Jorge Tadeu, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, declarou extinta a possibilidade de punir o bicheiro João Arcanjo Ribeiro em processo proveniente da Operação Arca de Noé. A decisão, do dia dois de setembro, beneficia ainda mais cinco pessoas.

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Conforme informações do processo, o Ministério Público tentava comprovar crimes de peculato e lavagem de dinheiro supostamente cometidos entre os anos de 1999 e 2002. O próprio órgão ministerial reconheceu a prescrição do crime e solicitou a extinção de punibilidade dos réus.
 
Segundo informado por Jorge Tadeu, os fatos em apuração se deram até o ano de 2002 e a denúncia foi recebida em 2014. O magistrado argumentou que a continuidade da instrução criminal implicaria tão somente em “esforço inútil, que culminaria, após a consolidação da pena em concreto, com a mesma extinção de punibilidade”.
 
“Frise-se que, das informações supramencionadas transcorreram-se mais de 16 (dezesseis) anos entre a data dos fatos e a presente data sem que houvesse nova causa de interrupção”, afirmo Jorge Tadeu em sua decisão.
 
Foram beneficiados pela decisão, além de Arcanjo, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, Geraldo Lauro, Nilson Roberto Teixeira, Nasser Okde e Juracy Brito.
 
A Operação Arca de Noé foi deflagrada em 2002 pela Polícia Federal e desmantelou sistema financeiro à margem do oficial liderado pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

O então criminoso contava com o auxílio de políticos como os ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo. O objetivo era desviar dinheiro público por meio de empresas fantasmas e depois lavara quantias nas factorings de Arcanjo.

Atualmente Arcanjo está preso preventivamente em razão de mandado expedido na Operação Mantus, que combateu organizações criminosas atuantes no jogo do bicho. 
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