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Notícias / Criminal

Desembargador nega autorização para viagem internacional de Mauro Savi

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O desembargador Paulo da Cunha, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou pedido do ex-deputado estadual Mauro Savi, réu em processo proveniente da Operação Bereré que tentava autorização para realizar viagem internacional entre os dias 25 de outubro e 4 de novembro de 2019.

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O destino não foi informado na decisão. Porém, a viagem acabou identificada apenas como “momento de lazer”. O ex-parlamentar, suspeito de fraudes no Departamento Estadual de Trânsito, sofre com medidas cautelares que substituíram prisão preventiva. "A pretendida ausência do país teria por finalidade apenas momento de lazer que, respeitadas as limitações cautelares, pode ser usufruído no território nacional".
 
“O pedido não merece acolhimento. O acusado está sob medidas cautelares que foram impostas fundamentadamente, em virtude da gravidade concreta dos fatos lhe imputados. Na ponderação entre os valores envolvidos, deve-se sobrepor o respeito à liberdade individual antes do trânsito em julgado de eventual édito condenatório, sem prejuízo das limitações impostas ao acusado decorrente da condição réu em liberdade provisória”, afirmou Paulo da Cunha.
 
Na operação Bereré, mais de 50 pessoas são acusadas de cobrar propina em troca da manutenção no Detran do contrato de concessão e execução das atividades de registros dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor.     
 
Na ocasião, para obter êxito, a empresa supostamente favorecida se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais. Estima-se que foram pagos cerca de R$ 30 milhões em propina.      

Entre os denunciados estão o ex-governador Silval Barbosa, seu chefe de gabinete, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, o ex-deputado federal Pedro Henry, e o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, que também é delator do esquema.
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