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Juíza nega retirar cautelares de advogado delator em esquema de R$ 9,4 milhões

Da Redação - Vinicius Mendes

A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, indeferiu um pedido de revogação de medidas cautelares feito pela defesa do advogado Júlio César Domingues Rodrigues, na ação oriunda da Operação Ventríloquo. Rodrigues é delator premiado na operação que apurou um esquema que teria desviado R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Ele chegou a ser preso, mas foi solto em abril de 2016, mediante imposição de cautelares.
 
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À época a então juíza Selma Arruda fixou as medidas de uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento em juízo a cada 30 dias e proibição de manter contato com co-réus da ação oriunda da Operação Ventríloquo – José Riva, Luiz Pommot e Anderson Flávio Godoi.
 
Júlio César foi acusado de ter sido um dos facilitadores de um esquema fraudulento para desviar dinheiro de uma dívida da Assembleia legislativo com o banco HSBC. O advogado firmou acordo de Colaboração Premiada em novembro de 2016.
 
A defesa dele entrou com pedido para revogação das medidas cautelares impostas. A magistrada, no entanto, indeferiu o pedido considerando que não foram apresentados fatos novos.
 
“Afasto a pretensão defensiva no sentido de receber tratamento isonômico com os outros acusados desta ação, uma vez que inexiste qualquer similitude que ampare a pretensão.Outrossim, verifico que não houve alteração fática da situação determinante da medida cautelar, ou seja, não vislumbro nenhum fato novo, [...] para que ocorra a revogação das medidas cautelares imposta ao acusado Júlio César Domingues Rodrigues”, determinou a juíza.
 
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