Conselho Especial de Justiça Militar condenou o polícia Dulcézio Barros Oliveira a seis anos de prisão pela morte do soldado alagoano Abinoão Soares de Oliveira, crime ocorrida durante treinamento da PM de Mato Grosso no Lago de Manso, em abril de 2010. Decisão é de segunda-feira (5).

Leia também
Ministros negam recurso de PM envolvido na morte de soldado Abinoão contra ato que impediu promoção
 
Conforme divulgado, foram absolvidos o coronel PM Heverton Mourett de Oliveira, o tenente-coronel PM Ricardo Tomas da Silva e o sargento PM Hildebrando Ribeiro Amorim.
 
Conselho determinou a remessa de cópia à Procuradoria-Geral de Justiça para processo de perda do cargo em nome de Dulcézio Barros Oliveira. Houve discordância da teses de tortura. Oficial foi condenado por maus tratos. 
 
Caso Abinoão
 
O fato ocorreu em abril de 2010. O evento foi organizado pelo Centro Integrado de Operações Áreas (CIOPAER). Quatro militares passaram mal, mas o policial militar Abinoão Sorares de Oliveira não resistiu e morreu durante o treinamento do 4º Curso de Tripulantes Operacionais Multimissão (TOM-M), realizado na Terra Selvagem Golf Club, na estrada de acesso ao Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.
 
O treinamento estava sendo ministrado pelos tenentes Carlos Evane Augusto e Dulcézio Barros de Oliveira, oficiais do Batalhão de Operações Especiais de Mato Grosso (BOPE-MT). A vítima era policial militar no estado de Alagoas, sendo convocado pela Força Nacional de Segurança Pública (União Federal) a fazer parte do treinamento organizado pelo Estado de Mato Grosso.
 
Os envolvidos responderam pelos crimes de tortura seguida de morte e tortura qualificada.