Edimar Mendes Bugari foi condenado a mais de 17 anos de prisão pelo Tribunal do Júri da comarca de Juína (a 735km de Cuiabá), em sessão realizada na quinta-feira (08), por feminicídio e ocultação do cadáver da própria cunhada, Ana Paula Bugari Gonçalves. A vítima foi assassinada com golpes na cabeça.
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Conforme a denúncia do Ministério Público, Edimar Bugari matou Ana Paula Bugari Gonçalves a pauladas, na manhã de 29 de junho de 2019, na zona rural de Juína.
O condenado agiu com "nítida intenção homicida, com meio cruel e contra mulher por razões da condição de sexo feminino", desferindo golpes na cabeça da vítima.
Ciente de que a cunhada se deslocaria à zona urbana na manhã do crime e conhecedor do trajeto a ser percorrido por ela, Edimar Bugari cruelmente atacou Ana Paula. Após o crime, o assassino ocultou o cadáver da vítima visando não ser responsabilizado pelo homicídio.
A pena definitiva do réu foi arbitrada em 17 anos de reclusão e 10 dias-multa, em regime inicialmente fechado, sem direito a recorrer em liberdade, uma vez que esteve preso durante todo o trâmite processual.
À época, o marido de Ana Paula registrou boletim de ocorrência e afirmou que a mulher estava em uma chácara da família e saiu em uma motocicleta para buscar a mãe dela.
No entanto, Ana Paula não chegou até a mãe e nem retornou para a chácara. O marido encontrou a motocicleta dela parada no trajeto. A chave da moto não estava na ignição.
Quando preso, ele afirmou que tinha uma relacionamento com Ana Paula e a matou porque ela ameaçou contar para a família sobre o romance.