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Promotor diz que sentença foi 'equivocada' e promete recorrer 'ainda hoje'

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta manifestou que vai recorrer da sentença que livrou a tenente bombeiro Izadora Ledur do crime de tortura e morte do aluno Rodrigo Claro. Decisão foi estabelecida em sessão de julgamento na quinta-feira (23).

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“Será interposto recurso de apelação ainda hoje, em razão da total irresignação com a injusta e equivocada sentença proferida ontem”, salientou o promotor de Justiça, por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público.

Por maioria, Justiça Militar livrou Ledur da acusação de tortura e morte. O crime foi desclassificado para maus-tratos, com pena privativa de liberdade estabelecida em um ano, a ser cumprida em regime inicial aberto, sem a perda da função.
 
Sessão na Décima Primeira vara Criminal de Cuiabá foi presidida pelo juiz Marcos Faleiros. Cabe recurso sobre a sentença. Votos divergentes foram proferidos por dois juízes militares. 
 
Rodrigo morreu durante o 16º Curso de Formação de Bombeiros em Mato Grosso, que era ministrado pela tenente. De acordo com a denúncia, a morte ocorreu no dia 10 de novembro de 2016, durante atividades aquáticas em ambiente natural, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.

Embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento não só ignoraram a situação como utilizaram métodos reprováveis para aplicar “castigos”. Rodrigo Lima morreu por hemorragia cerebral.
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