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Defesa de juiz acusado de pedofilia crê em novo julgamento

Da Redação - Lucas Bólico

A defesa do juiz Fernando Sales, acusado de pedofilia, comemorou uma tendência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso em reconhecer a necessidade de nova instrução no processo administrativo disciplinar que apura a prática de pedofilia de um juiz atualmente afastado.

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Por meio de nota, a assessoria jurídica do magistrado, comandada pelo criminalista Eduardo Mahon, afirmou que considera o entendimento do TJ como uma vitória processual. O Tribunal de Justiça discutiu as questões preliminares suscitadas pela defesa e ainda não chegou a uma conclusão.

O julgamento está parado com o pedido de vistas solicitado pelo desembargador Juvenal Pereira. “Aguardamos o desiderado dessas fecundas discussões plenárias. Certamente, os julgadores concluirão que o processo não só é nulo, como as provas não foram produzidas com o necessário contraditório”, afirma a defesa do magistrado.

De acordo com o advogado Eduardo Mahon, o magistrado não é culpado e repudia qualquer acusação de abuso de menores. “Acreditamos que o magistrado é uma figura pública e deve satisfações à sociedade. No entanto, de uma pena antecipada tão gravosa à míngua de processo válido, não pode ficar em silêncio e deixar de responder às injustas acusações”.

Fernando Sales responde pelo Juízo da Infância e Juventude de Paranatinga (370 Km a leste de Cuiabá). Em 2010, a CPI da Pedofilia recebeu denúncia contra o juiz. Ele foi investigado pela Polícia Federal e o inquérito foi enviado para o Tribunal de Justiça, que na ocasião manteve o processo em sigilo. Desde então ele está afastado do cargo.
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