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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Peru sobre as ondas

Quando se fala em surf no Pacífico, logo pensamos no Havaí ou em lugares ainda mais distantes, como Ilhas Fiji ou Austrália. Mas bem aqui pertinho, no vizinho Peru, estão excelentes ondas de até 10 metros à espera do drop. O país oferece quase três mil quilômetros de litoral - 12% de todo o seu território - e boas ondas do norte ao sul da costa. 


Para começar a reconhecer as ondas peruanas, vá a praia da Herradura, a mais próxima de Lima. Lá você encontra ondas de dois a cinco metros e que quebram para a esquerda. Mais ao sul está Punta Rocas que, com ondas de dois a seis metros, é palco de vários campeonatos e Pico Alto, com as maiores do país. Nessa última, as ondas chegam a dez metros e rendem à praia a comparação com a famosa Sunset, no Havaí.

Devido à proximidade da capital, essas praias são as mais freqüentadas. Se você estiver procurando ondas menos disputadas, vá até o norte. Lá estão as costas de Tumbes e Piura, cheias de bons lugares para a prática do surf. Ao lado das praias de Punta Sal e Máncora, fica Cabo Blanco que, com formações tubulares de esquerda entre 1,5 e 5 metros, é uma das mais radicais do país.

O surf peruano
O Peru tem surfistas tanto no WQS (World Qualifying Series) quanto no WCT (World Championship Tour), respectivamente segunda e primeira divisões do surf mundial. Além disso, o país recebe diversas etapas de importantes campeonatos, como o recente Billabong Pro Teen, no último mês de setembro.

Atualmente o Peru ocupa a 12ª posição do ranking da ISA (International Surf Association) por países. E esse destaque foi alcançado na raça, já que lá o surf não é profissionalizado, ao contrário do que acontece no Brasil, nos Estados Unidos e na Austrália.

Um dos motivos capazes de explicar a boa colocação peruana é a sua antiga relação com o surf. Em meados de 1930, Don Carlos Dogny Larco, importante atleta do Peru, foi ao Havaí e conheceu Duke Kahanamoku, considerado o pai do surf desde o seu renascimento no século 20. Com ele Don Carlos aprendeu a surfar e, quando voltou ao país natal, quase dez anos depois, trouxe consigo pranchas.

Mas há hipóteses que empurram essa ligação para tempos ainda mais remotos. Na esteira de teorias que ligam os povos da América do Sul aos polinésios, há quem acredite que o tradicional caballito de Totora (uma espécie de canoa) seja o precursor das pranchas de surf. E, olhando bem, a tal embarcação tem mesmo todo o jeito de ter ajudado os ancestrais peruanos a cavalgar sobre as ondas.
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