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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Após refúgio, defesa de Battisti vai ao STF para pedir revogação de prisão

A defesa do ex-ativista italiano Cesare Battisti --acusado de terrorismo-- que recebeu status de refugiado político do governo brasileiro, ingressou nesta sexta-feira com uma petição no STF (Supremo tribunal Federal) pedindo a revogação da prisão e a emissão do alvará de soltura. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, deve analisar o pedido nesta sexta-feira.


Na ação, os advogados pedem ainda que seja concedida prisão domiciliar, caso a Suprema Corte demore a se posicionar.

O Ministério da Justiça encaminhou hoje ao ministro Cesar Peluso, relator do pedido de extradição, um comunicado oficial sobre a decisão do governo de conceder o benefício ao italiano. O documento afirma que o ministro Tarso Genro (Justiça) deu "provimento ao recurso interposto por Cesare Battisti contra a decisão do Comitê Nacional para os Refugiados para reconhecer a condição de refugiado ao referido cidadão".

Para Battisti ganhar liberdade é preciso que o STF avalie se a concessão do benefício de refugiado a Battisti está de acordo com as leis brasileiras. O "Diário Oficial" da União desta quinta-feira publicou o ato do ministro da Justiça determinando a condição de refugiado a Battisti.

A decisão do governo brasileiro não foi bem recebida na Itália. O governo italiano fez um apelo para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revisse a concessão do refúgio. Agora, a Itália estuda a possibilidade de recorrer ao STF para anular a decisão do ministro da Justiça.

Battisti disse hoje a seus advogados que está aliviado com a decisão do Brasil. Para seus advogados, Battisti disse que pretende retomar sua carreira de escritor assim que deixar o presídio, em Brasília. "Vou reiniciar minha carreira de escritor. Passo a me concentrar na finalização do meu segundo romance."

De acordo com a defesa de Battisti, no nome do próximo livro de Battisti se chamará "Pé de Muro".

Acusações
Ex-militante de um grupo chamado PAC (Proletários Armados para o Comunismo), Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália --em 1978 e 1979-- por quatro homicídios. Ele nega que tenha cometido os assassinatos.

Alega que não pôde exercer em sua plenitude o direito de defesa. Sustenta que as condenações decorrem de perseguição política do Estado italiano.

Corre no STF um pedido de extradição formulado pelo governo da Itália. Em novembro, o Ministério da Justiça negou pedido de refúgio feito pelo italiano. A decisão de Tarso é resultado de recurso formulado pela defesa de Battisti.
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