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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Cuiabá está entre as 15 capitais que cortaram gastos e anunciaram medidas de contenção

Uma semana após assumir, pelo menos 15 dos 26 prefeitos eleitos e reeleitos nas capitais anunciaram medidas de contenção ou corte de gastos públicos, temendo efeitos mais fortes da crise financeira global no Brasil. 


Dentre as cidades, está Cuiabá, onde o prefeito Wilson Santos (PSDB) determinou a redução de gastos com custeio e diminuição das despesas previstas com investimento. O tucano chegou a enviar uma proposta mais audaciosa para Câmara Municipal, no entanto, reavaliou o orçamento e reduziu para pouco mais de R$ 1 bilhão.

As medidas, que vão desde contingenciamento do Orçamento até adiamento de obras (veja quadro abaixo), contrariam a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que defendeu a continuidade de obras e investimentos como uma das maneiras de enfrentar a crise. Em 10 e 11 de fevereiro, o presidente se reunirá com prefeitos em Brasília para obter compromissos dos municípios com investimentos públicos.

Em apenas seis das capitais, os novos governantes não anunciaram políticas de precaução nos primeiros dias de governo, embora, em algumas, elas estejam em fase de análise. Em outras cinco, as prefeituras não responderam aos questionamentos do G1.

Em São Paulo, a capital que concentra a maior receita do país, o prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) anunciou nesta semana o congelamento de R$ 7 bilhões previstos para obras, o equivalente a mais de um quarto do Orçamento do ano, além da demissão de 10% a 15% dos cargos comissionados.

Na posse, dia 1º de janeiro, o prefeito já havia anunciado que apenas as obras para as áreas de educação e saúde não serão afetadas pelo congelamento no orçamento.

No Rio de Janeiro, o eleito Eduardo Paes pretende economizar cerca de R$ 1,5 bilhão no orçamento de 2009 com medidas de ajuste.

“Vivemos um momento delicado, não tivermos acesso ao fluxo de caixa da prefeitura, mas certamente vamos ter reflexos da crise internacional, que começam a ser sentidos no Brasil ", disse na posse.

O enxugamento da máquina foi também uma das medidas anunciadas por muitos prefeitos para enfrentar uma possível desaceleração da economia.

Em Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS), serão dez secretarias a menos; em Manaus (AM) elas passarão de 28 para 17. Em Salvador, oito secretarias municipais serão extintas, além de cargos comissionados.

Para economizar gastos de custeio, prefeitos anunciam cortes também em manutenção. Em Aracaju, a pretensão é reduzir em até 20% os gastos administrativos racionando despesas com telefone, eletricidade, água e materiais em todos os órgãos, anunciou o secretário municipal de Finanças, Jéferson Passos.

Realidade x discursos

Animado por um crescimento acima da média nacional, o prefeito reeleito de Vitória, João Coser (PT) não vê ainda motivos para paralisação de obras, ainda que, por cautela, prefira afirme que vai esperar a arrecadação dos próximos meses para lançar novas licitações.

Na capital do Espírito Santo, a única da região Sudeste em que não foi anunciado um pacote anticrise, há cerca de 40 obras contratadas com previsão de conclusão este ano, segundo o prefeito.

“Considero que a crise existe, tem que ser observada, mas tenho a impressão de que vamos tocar 2009 mais próximo da realidade do que dos discursos”, afirma o petista Coser. 

Confira a tabela abaixo



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