As novas normas ortográficas já estão valendo e, quem preferir, pode adotá-las já nos primeiros vestibulares do ano. Segundo decreto publicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 é possível escrever na antiga ou na nova grafia. Na prática, isso significa que, se você esquecer um trema ou se suprimi-lo com consciência, dá no mesmo: você não perderá pontos por isso. 

A segunda fase do maior vestibular do país, a Fuvest, terá início neste domingo (4), com a prova de português e de redação. Raiane Imairô dos Santos Silva, 18 anos, que presta exame para uma vaga no curso de geografia não acredita que as novas regras interfiram na avaliação. “Acho que ninguém vai usar a nova ortografia. Mas ela não atrapalha, porque, se eu esquecer algum acento, não vou perder nota”, diz. 

De fato, a reforma ortográfica suprime acentos, como o de “oo” e de “ee”, em voo ou creem (antes vôo, e crêem); ou ainda o de ditongos abertos “ei” e “oi”, em palavras paroxítonas como ideia (antes idéia).

Calendário
A segunda fase começa no dia 4 de janeiro com o exame de português, que é obrigatório para todos os candidatos. As demais provas obedecerão ao seguinte calendário: 5/1 - história ou química; 6/1 - geografia ou biologia; 7/1 - física e 8/1 - matemática. Os portões serão abertos às 12h30 e fechados às 13h.

Além da Fuvest, vestibulandos encaram já neste começo de ano as provas da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A segunda fase acontece entre os dias 11 e 14 de janeiro. 

Até 2012 você pode escrever como quiser, do jeito novo ou do jeito com o qual está acostumado. Para você se acostumar com as mudanças, o G1 elaborou um guia rápido com as principais alterações na escrita, como o desaparecimento do trema, a queda de acentos e os novos padrões para uso do hífen. A idéia é que você imprima, cole em sua agenda, no caderno, ou deixe ao lado do computador.

O guia rápido traz as mudanças que já estão definidas. Ainda há exceções - por exemplo, no uso do hífen - que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009.