O espelho d’água que fica na frente do Palácio do Planalto está vazio neste domingo (6) e deve passar por manutenção, passados apenas seis meses do fim da reforma de todo o prédio, que teve custo total de R$ 111 milhões.

O motivo do reparo é que a impermeabilização, que foi refeita no ano passado, apresentou problemas e parte do concreto da borda do espelho, em local bem próximo da rampa, cedeu.

A reforma

As obras no Planalto demoraram quase um ano e meio. A reforma, tocada pelo Exército, sofreu atraso de quatro meses. A previsão inicial era entregar a obra em 21 de abril - aniversário de 50 anos do Palácio e de Brasília. Mas o prédio só foi entregue no dia 25 de agosto, data em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a despachar de seu gabinete do Planalto.

A reforma do ano passado foi a primeira do edifício, inaugurado por Juscelino Kubitschek em 1960. As principais mudanças foram estruturais: hidráulica e elétrica, troca de esquadrias, adequação dos corredores para evacuação em caso de incêndio e construção de um estacionamento no subsolo.

O espelho d’água, que não fazia parte do projeto original de Oscar Niemeyer, foi impermeabilizado novamente. Construído em 1991, o espelho d’água nunca tinha passado por reformas, e a impermeabilização era importante para evitar infiltrações no novo estacionamento do subsolo.

Objetivo

A função do espelho d’água que fica na frente do Palácio do Planalto não é unicamente estética. A sua construção foi a solução encontrada para evitar invasões ao edifício, que não tem muros ou grades. Em 1989, no fim do mandato do presidente José Sarney, um motorista desempregado invadiu o Palácio com um ônibus, que bateu contra um pilar do edifício.

O espelho d’água do Planalto tem 1,10 metro de profundidade e fica em toda a frente e nas laterais do prédio, em uma área de aproximada de 1.500 metros quadrados. Como o seu desenho é irregular, a largura varia entre cinco a vinte metros. Quando está cheio, tem carpas de origem japonesa.