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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Meirelles afirma que crédito está a um passo da normalidade

A oferta de crédito no Brasil está a um passo da normalidade, afirmou hoje (17) o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, após participar da solenidade de posse da nova diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.

A oferta de crédito no Brasil está a um passo da normalidade, afirmou hoje (17) o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, após participar da solenidade de posse da nova diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro. O sócio do escritório Veirano Advogados, Robson Barreto, é o novo presidente da entidade.


“O crédito no Brasil está em processo de normalização. Ainda não chegamos lá”, disse. Segundo Meirelles, o aumento substancial da garantia para depositantes nos bancos de até R$ 20 milhões, contra o limite anterior, que era de até R$ 60 mil, e a oferta de dólares sem direcionamento, destinada não apenas para exportadores, mas para qualquer financiamento, “são medidas que começam a fazer efeito”.


Ele destacou também que os bancos públicos estão adotando uma postura cada vez mais ativa em termos de concessão de crédito às empresas. Segundo o presidente do BC, é a conjugação desses elementos que deve colaborar para que o mercado de crédito atinja um patamar de normalidade.

Para ele, a ampliação da garantia de depósitos, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), dará condições aos bancos pequenos e médios de voltarem a competir agressivamente em seus nichos de mercado específicos.

Meirelles informou que, de setembro do ano passado até fevereiro deste ano, o total de crédito ofertado no Brasil cresceu 6,8%. Os bancos públicos lideraram o processo, com incremento de 16%, enquanto os privados aumentaram a oferta de crédito em 11%. Já os pequenos bancos tiveram decréscimo de 6%.

Ele reconheceu que o spread bancário - diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e o custo cobrado nos empréstimos ao consumidor - ainda estão em um patamar bastante elevado.

“Caíram um pouco, mas ainda é insuficiente. Tem que continuar caindo. Isso é muito importante”, observou. Ele enfatizou que o BC vai continuar monitorando o mercado e, se notar que há necessidade, tomará outras medidas no sentido de normalizar o crédito no país.

Meirelles reafirmou que o Brasil vai sair mais forte da crise financeira internacional, considerada a mais grave desde 1929. O presidente do BC enfatizou que, ao contrário das crises do passado, a atual crise externa não veio acompanhada de uma crise interna de longa duração, criando desequilíbrios que desfavorecessem o país na tentativa de sair dessa situação. Na sua avaliação, “nós vamos sair da crise equilibrados e preparados para crescer”.

Fatores como o aumento da renda, dentro do processo de estabilização da economia brasileira, e o retorno gradual da produção, foram fatores apontados por Meirelles como quesitos que o levam a crer na superação do Brasil. “[O Brasil] Tem condições de, olhando à frente, vislumbrar uma saída desta crise um pouco mais rápida do que a maioria dos países. E sair mais forte.”

Ele lembrou, ainda, que há outro fator favorável, como a massa salarial crescente, que se expandiu 6% em termos reais, descontada a inflação, até fevereiro deste ano, em relação a fevereiro do ano passado. “Principalmente porque o salário real está crescendo”, afirmou.
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