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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Acusada de se beneficiar em licitação, advogada atribui denúncias sobre favorecimento à rixa pessoal e política

“Fica realmente confirmada uma situação muito pessoal e muito política”, declarou a advogada Fabiana Curi nesta sexta-feira (23) a respeito das acusações feitas contra ela pela advogada Luciana Serafim segundo as quais seu escritório teria vencido uma licitação da Empresa de Pesquisa e Energia (EPE) após direcionamento articulado pela ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.


O direcionamento do certame em questão, de acordo com o depoimento de Luciana Serafim, teria sido proporcionado pelo ingresso de fachada de escritórios como o do advogado Francisco Faiad. Ele teria cobrado o “favor” posteriormente ao requerer que Fabiana incluísse seu escritório em licitação da Fundação Uniselva, a qual seria vencida por ele.

Procurada pela reportagem para comentar as denúncias levadas por Serafim ao Ministério Público Federal (MPF), Fabiana se disse assustada com um tipo de “situação que nunca vivi”.

Primeiramente, explicou que teve relação de parceria com Luciana no passado e a acolheu em seu escritório com a possibilidade de transformá-la em sócia. Após problemas particulares entre as duas, a idéia não prosperou e Luciana deixou o escritório de Fabiana, segundo a própria, “com muita raiva” e insinuando que daria o troco no futuro.

Tal rixa pessoal teria motivado Luciana a dizer ao procurador Thiago Lemos de Andrade, do MPF, que Fabiana, em 2008, aproveitou-se de vínculo com a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, para conseguir direcionar uma licitação da EPE em seu favor.

Por sua vez, Fabiana explicou que o vínculo com Erenice nada mais consistiu em uma relação de trabalho. Quando a ex-braço direito da atual presidente Dilma Rousseff (PT) era chefe da consultoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, entre 2003 e 2005, Fabiana morava em Brasília e atuava como servidora de cargo comissionado médio no mesmo departamento de Erenice.

Quando Dilma tornou-se ministra-chefe da Casa Civil, Erenice a seguiu, diferente de Fabiana – pouco antes, acontecimentos de sua vida pessoal a levaram a voltar a viver em Cuiabá, onde está sua família.

Além de negar que Erenice tenha influenciado a licitação da EPE, Fabiana afirmou sentir estranheza em relação à denúncia de Luciana porque o processo foi auditado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo próprio setor responsável da EPE. Também foi devidamente publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Além disso, não se trata de um contrato milionário – o pagamento mensal ao escritório de Fabiana pelos serviços jurídicos é pouco superior a R$ 2.100,00.

“Também não sei qual é a fantasia de se crer que se trata de um contrato milionário. Trabalho como qualquer outro ser humano na face da Terra. Não tenho vínculo escuso com ninguém”, frisou, repetindo que as acusações são infundadas e próprias de uma motivação política de Luciana dentro da OAB em Mato Grosso.
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