O senador Blairo Maggi (PR) confirmou ter sido alvo de espionagem e teve o seu sigilo telefônico violado, assim como o de internet. A informação é da própria assessoria de imprensa do ex-governador do Estado, que exigiu da Polícia Federal “providências cíveis e criminais”. Por trás do esquema de arapongagem estaria o bicheiro Carlinhos Cachoeira, atualmente encarcerado no Presídio da Papuda, em Brasília-DF.

Conforme o texto direcionado pela assessoria do parlamentar aos veículos de comunicação, ele sofreu ação sorrateira de um grupo especializado em serviços de espionagem a fim de colher informações para “envenenar” as relações entre seu partido, o PR, e a Presidência da República.

Uma denúncia dando conta da situação havia sido protocolada na Polícia Federal há pelo menos um mês, menciona o texto. “O parlamentar vem a público condenar toda e qualquer prática de investigação ilegal e reforça a denúncia à PF, pedindo providências enérgicas, a fim de que os responsáveis sejam cível e criminalmente punidos, para que ações desse tipo não violem a própria Constituição e não coloquem em xeque o estado democrático de direito”.

Ainda no último domingo, o jornal O Estado de São Paulo publicou outro caso de espionagem atribuído a Cachoeira e que teria mato-grossenses envolvidos – no caso, o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), e o governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB).

A informação da reportagem é de que a eles seriam oferecidas relações de endereços eletrônicos de eleitores para possibilitar o envio direto de mensagens visando as eleições municipais deste ano. O grupo de Cachoeira estaria interessado em oferecer o “serviço eleitoral” aos dois políticos, recebendo cerca de R$ 0,40 por mensagem enviada. Galindo, por meio de sua assessoria, repudiou a prática, declarou-se potencial vítima do esquema e fez questão de negar qualquer relação com o grupo do contraventor.



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