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MENSALÃO

Voto duro de ministra deixa Dirceu e Genoíno mais perto da condenação

09 Out 2012 - 16:30

De Brasília - Iago Bolívar- especial para o Olhar Direto

Foto: Reprodução

Voto duro de ministra deixa Dirceu e Genoíno mais perto da condenação
O voto da ministra Carmem Lúcia pela condenação de José Dirceu e José Genoíno foi um golpe para as esperanças dos dois réus de conseguirem ao menos quatro votos pela absolvição, o que poderia abrir espaço para um recurso pedindo novo julgamento. O placar agora está 4 x 2 contra Dirceu e 5 x 1 contra Genoíno. Outros reús, como o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o publicitário Marcos Valério chegaram ao sexto voto contrário, o que na prática os condena, caso nenhum dos ministros que já votaram mude de opinião.


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Conforme amplamente esperado, o ministro Dias Tófoli votou pela absolvição de Dirceu, embora tenha seguido o relator nos demais votos, condenando até mesmo Genoíno. Além de ter sido subordinado de Dirceu na Casa Civil, Tofolli chegou a assinar pareceres como advogado questionando a tese de compra de votos pelo PT. Mesmo assim, ele reconheceu hoje que o presidente do partido esteve envolvido no repasse ilegal de verbas para parlamentares e o condenou por corrupção ativa.

Da cúpula, apenas Dirceu escapou em seu voto, assim como foram absolvidos Geiza Dias e o ex-ministro Anderson Adauto, que já haviam sido inocentados pelos demais ministros.

 Depois de Toffoli, Carmem Lúcia fez mais um de seus votos breves e imprevisíveis. Como ela havia discordado do relator Joaquim Barbosa em alguns pontos nos outros itens, existia a dúvida sobre o entendimento que ela adotaria em relação a Dirceu e Genoíno. Mas a abertura de seu voto trouxe maus sinais para a defesa. Ela fez um discurso indignado contra a confissão de culpa feita por advogados, que tentaram inocentar réus alegando a prática de crime de caixa dois.

Em seguida, veio a sucessão de condenações, da qua só escaparam Geiza Dias e Anderson Adauto, que agora têm seis votos pela absolvição.

O advogado de Dirceu, José Luiz de Oliveira Lima, negou-se a comentar os votos, afirmando que só vai falar "no fim". Apenas não sabe se este fim será hoje. Antes da sessão, outros advogados já falavam sobre as penas, especulando que dificilmente os réus escaparão da cadeia. Dirceu, por exemplo, está sendo condenado por nove crimes de formação de quadrilha, embora as penas não devam ser simplesmente somadas, mas aumentadas de forma fracionada, o que pode levar a uma condenação a cerca de 18 anos de prisão.

As penas serão definidas na última etapa do julgamento, na fase conhecida como dosimetria. Apenas os ministros que votarem pela condenação devem participar da definição da pena dos réus.

A sessão será retomada com o voto do ministro Gilmar Mendes, que já deu várias indicações de que condenará os principais réus, como já o fizeram o presidente e o ministro Marco Aurélio Mello.

A indefinição do dia é quanto ao voto do ministro Ayres Britto. Como presidente, ele normalmente é o último a votar, mas com a ausência de Celso de Mello na sessão de hoje, ele poderia antecipar seu voto. No entanto, assessores dizem que ele deve esperar o retorno do decano do tribunal, amanhã, para manter a ordem de votação.
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