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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Conflito em Mato Grosso

Moradores de Suiá Missú saqueiam e incendeiam caminhão que transportava mantimentos a indígenas de MT

Foto: José Medeiros

Moradores de Suiá Missú saqueiam e incendeiam caminhão que transportava mantimentos a indígenas de MT
Um caminhão da Fundação Nacional da Saúde (Funsa) que transportava cestas básicas para uma aldeia indígena de Mato Grosso foi saqueado e incendiado ao passar pelas proximidades do Posto da Mata, no Distrito de Estrela do Araguaia, entre Alto Boa Vista e São Felix do Araguaia, na região Nordeste de Mato Grosso.


De acordo com informe oficial da Fundação Nacional do Índio (Funai), o ato foi orquestrado pelas lideranças locais de moradores da terras remanescentes da fazenda Suiá Missú, demarcadas como Xavante Marãiwatsédé em 1998 que resistem à operação de desintrusão realizada pela Força Nacional de Segurança (FNS) e Polícia Federal (PF).

A localidade do Posto da Mata ainda concentra um foco de resistência à desintrusão de Marãiwatsédé. Lideranças locais emergentes, segundo a Funai, têm estimulado agressões ao processo e ao direito das pessoas de deixarem a área. “Há registros de constrangimentos às famílias que desejam retirar seus pertences, com ameaças de que seus caminhões de mudança serão queimados e que suas casas serão entregues ‘para o pessoal sem-terra’”, diz a Funai.

Desde o conflito travado no primeiro dia de despejo entre populares e policiais, a equipe que realiza a desintrusão não tem encontrado resistência na área rural, e a maioria dos locais já está desocupada. Desde o início da operação (10/12), foram vistoriadas 83 fazendas. Destas, 46 já estão em posse da Funai.

Os trabalhos da força-tarefa do governo federal para desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, no estado de Mato Grosso, seguem sem interrupção durante o período de festas.

As ações têm transcorrido de forma pacífica, com avanços expressivos na ampliação da área sob controle da Funai. Entre os dias 20 e 27 foram vistoriadas mais 30 fazendas, sendo 16 desocupadas, apesar de locais de difícil acesso, alguns com necessidade de utilização de aeronaves para o cumprimento dos mandados.

Foram registradas ainda tentativas de proibir essas famílias de desmanchar os telhados de suas casas e de recolher seus pertences para reconstruir suas moradias em outro local.

Os órgão policiais alegam que identificaram no Posto da Mata pessoas com histórico de prisão por homicídio, assalto a bancos, tráfico de drogas, sequestro e assalto a mão armada. A Justiça e o Ministério Público, em conjunto com a força-tarefa do governo federal, já manifestaram a determinação de enfrentar com firmeza aqueles que tentarem colocar obstáculos ao cumprimento da ordem judicial.
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