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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Desintrusão

Moradores de 'Suiá' perderão bens e vão responder por desobediência

Foto: José Medeiros

Moradores de 'Suiá' perderão bens e vão responder por desobediência
O prazo para a saída voluntária dos moradores de Posto da Mata, como é conhecida a região urbana da demarcação indígena Marãiwatsédé, na região nordeste de Mato Grosso, se encerra na sexta-feira (4). Os moradores que não deixarem a área até a data terão seus bens confiscados e responderão pelo crime de desobediência.


Polícia entra no foco da resistência em 'Suiá' e inicia despejo urbano

Desde o último dia 30, a a força-tarefa do governo federal que trabalha na desintrusão entrou na área urbana priorizou a desocupação da comunidade de Posto da Mata, localidade foco de maior resistência à operação.

A mudança estratégica nos planos foi necessária, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), para permitir o acesso às áreas rurais que ainda precisavam ser desocupadas e garantir o fluxo de carros e pessoas pelo local.

Desde o início da operação, manifestantes contrários ao cumprimento da ordem judicial bloqueavam rodovias, impedindo o trânsito no local. Como resultado desse bloqueio, os próprios habitantes ficaram sem os serviços públicos essenciais, como atendimento médico, por exemplo.

Suspeitas de casos de dengue, inclusive hemorrágica, têm sido registradas na região. De 26/12 a 1/1, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do estado de Mato Grosso que acompanha a operação atendeu mais de vinte moradores que necessitavam de atendimentos diversos. Desses, quatro eram de suspeita de dengue.

Na noite do dia 31, os profissionais de saúde atenderam uma moradora com quadro provável de dengue hemorrágica. A paciente foi levada pelo helicóptero do Exército Brasileiro até São Félix do Araguaia, de onde seguiu de avião para ser atendida no Hospital Regional de Rondonópolis.

Após a retomada de Posto da Mata, a força-tarefa auxiliou três famílias que solicitaram ajuda para sair da localidade a realizar suas mudanças. Mais de 50 outras estão agendadas. A prioridade do auxílio é para as pessoas que tenham real necessidade de ajuda para remoção de seus pertences.

Saque de mantimentos e caminhão incendeado

A ocupação do Posto da Mata aconteceu após moradores lofcais tomarem sete toneladas de alimentos que seriam levados para a aldeia Urubu Branco, da etnia Karajá, no município de Confresa (MT). O ato aconteceu dia 28 de dezembro. Após a retirada dos alimentos, os manifestantes atearam fogo no caminhão da Funasa.

O início da operação ocorreu por volta das 5 da manhã do dia 30/12, com a participação de equipes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Funai e SAMU/MT.

Durante a ocupação do Posto da Mata, as forças policiais prenderam o gerente do posto de combustível em que os alimentos saqueados do caminhão estavam armazenados. Papagaio, como é conhecido na região, foi solto após pagar fiança.

A força-tarefa do governo federal é composta por servidores da Funai, Incra, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Exército. A equipe conta com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do estado de Mato Grosso.
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