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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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paralelas que se cruzam

Estradas de MT matam mais que desastre da boate Kiss nos últimos três anos

Foto: Gazeta do Povo

Tragédia na boate kiss matou mais de 230 pessoas. Estradas de MT mataram 270 em 2012

Tragédia na boate kiss matou mais de 230 pessoas. Estradas de MT mataram 270 em 2012

Todos os anos acontece um desastre da Boate Kiss, de Santa Maria (RS), em Mato Grosso, só que em doses homeopáticas. Só em 2012 foram 270 mortes nas rodovias federais do Estado, quase 40 a mais do número de vítimas fatais do incêndio ocorrido no Rio Grande do Sul. Contudo, sem causar comoção suficiente para mobilizar as autoridades públicas a resolverem o problema.


Acidentes nas rodovias federais de MT mataram 270 pessoas em 2012

“Nos últimos três anos morreram três vezes mais pessoas em acidentes nas rodovias federais de Mato Grosso do que na tragédia de Santa Maria. Mas lá tem inquérito para apurar os culpados, e aqui?”, questionou Adilton Sachetti, ex-diretor da extinta Agecopa e ex-prefeito de Rondonópolis.

A preocupação dele com esse assunto vêm desde quando foi prefeito de Rondonópolis, de 2005 a 2008. Sachetti cobrava melhoria das condições das estradas federais, principalmente de um trecho da BR 364 nas proximidades daquela cidade que, segundo ele, concentra maior parte das mortes em acidentes de trânsito no Estado.

Já na época em que era Sachetti era prefeito os números de mortos nas rodovias federais de Mato Grosso eram maiores que os números de mortos em grandes tragédias, como a da boate Kiss, com 233 mortos, ou o acidente com o vôo 1907, da Gol, em que morreram 153 pessoas, ou mesmo a maior tragédia aérea do país, o acidente com o vôo 3054, com 187 vítimas.

Em Mato Grosso, os número de mortos são maiores. Em 2011 foram 257 mortos nas rodovias federais e em 2010 233, por exemplo. Somados, os três anos passados resultam em 760 mortes. Um número maior que as mortes da boate Kiss triplicadas, ou que todos os desastres citados aqui somados.

E diferente de todas essas tragédias, em que equipes de peritos trabalham pra descobrir as causas e as autoridades procuram uma forma de punir os culpados, além de tentarem evitar novos casos semelhantes, em Mato Grosso nada disso é feito.

Os acidentes são investigados, mas as estradas continuam abandonadas e muitos dos causadores dos acidentes impunes. E acostumados a essas mortes, a população deixa passar sem se comover. “A morte nas estradas estão banalizadas aqui”, concluiu Sachetti.
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