O balanço preliminar do término do prazo das filiações partidárias indica que, em Mato Grosso, PMDB, PDT e PSB são os que mais perderam quadros, enquanto Partido Progressista ganhou sobrevida como a filiação do ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer,  e os novatos surpreenderam – PROS e SDD. Os partidos têm até 14 deste mês para encaminhar a lista de filiados para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

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O PTB e o PSD também se fortaleceram. O Partido Trabalhista Brasileiro filiou a ex-senadora Serys Slhessarenko e o ex-diretor geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, além de grandes empresários, como Wilson da Grafite, de Várzea Grande, e Donizete Aguillera, dono da rede de autopeças Castrillon. Enquanto isso, o PSD recebeu ex-candidatos a prefeito, empresários e dirigentes de organizações sociais. Serys deve disputar uma vaga no Senado, equanto Pagot vista candidatura a deputado federal.

Já o PSDB, do deputado federal Nilson Leitão, praticamente não cresceu, mas também não diminuiu. Assim como o Democratas, do senador Jayme Campos, que deve disptuar a reeleição.

Um dos mais afetados foi o PDT do senador Pedro Taques. Deixaram o partido de Leonel Brizola, em menos de uma semana, o mega-empresário Eraí Maggi, primo do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), e o ex-prefeito Adilton Sachetti, de Rondonópolis, além de diversos vereadores.

Eraí Maggi se filiou ao PP com chances reais de disputar o governo de Mato Grosso, tendo as bênçãos do primo Blairo, enquanto Adilto Sanchetti ingressou no PSB. Para o PDT, a maior perda realmente foi Eraí Scheffer, que ensaia uma candidatura majoritária desde 2002, podendo rivalizar com o próprio pré-candidato pedetista, Pedro Taques; já a ida de Adilton para o PSB, comandado pelo prefeito Mauro Mendes, soa muito mais como uma manobra do que uma dissidência.

O PMDB perdeu o deputado estadual Daltinho de Freitas; o ex-deputado e ex-prefeito Zé Carlos do Pátio, de Rondonópolis, e os Domingos Sávio e Haroldo Kuzai, vice-presidente da Câmara de Cuiabá. Outros deixaram a agremiação e alguns nem chegaram a se filiar, como o secretário extraordinário de Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo (ex-PR), e o ex-prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves, o ‘Tião da Zaelli’.

O PSB também teve grandes perdas, a começar pelo deputado federal Valtenir Pereira, que ajudou fundar o PROS, com os irmãos Ciro e Cid Gomes, governador do Ceará. Também teriam saído cerca de 20 vereadores. O novo presidente Mauro Mendes disse em alto e bom tom, numa alfinetada indireta em Valtenir, que só desejava na legenda socialista quem estivesse disposto a “somar e contribuir democraticamente com o crescimento do partido”.

O Partido dos Trabalhadores quase não perdeu, mas não cresceu. Na prática, o PT está inerte, aguardando a filiação do juiz federal Julier Sebastião Silva, da 1ª Vara do Fórum J. J. Moreira Rabelo, que possui prazo especial – até 4 de abril para se decidir.

Das agremiações recém criados, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e o Partido da Solidariedade (SSD) surpreenderam, em Mato Grosso. No comando do PROS, Valtenir Pereira aguarda a resposta de pelo mais menos dois vereadores de Cuiabá, já contando com mais de 100 parlamentares municipais e com 12 prefeitos em suas fileiras de Mato Grosso.

Já o Partido da Solidariedade (SDD), fundado pelo deputado paulista Paulo Pereira da Silva, o ‘Paulinho da Força’, tem no comando em Mato Grosso o deputado estadual Daltinho de Freitas, que saiu do PMDB. Na Executiva do SDD, ele conta com o jornalista Rodrigo Rodrigues.

E Daltinho filiou o ex-prefeito Zé Carlos do Pátio, de Rondonópolis; e os vereadores Clovito Hugueney, Domingos Sávio e Haroldo da Açofer Kuzai, vice-presidente da Câmara de Cuiabá. Daltinho, Zé do Pátio, Domingos Sávio e Haroldo da Açofer são egressos do PMDB.