O senador José Pedro Taques, pré-candidato ao governo de Mato Grosso pelo PDT, decidiu não aceitar o confronto em campo aberto provocado pelo presidente estadual do DEM, ex-governador e deputado federal Júlio José de Campos. A briga toda é pela garantia de que vaga ao Senado, na chapa de Taques, seja destinada à reeleição do ex-governador e atual senador Jayme Campos (DEM), irmão de Júlio José.

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DEM critica dubiedade de Pedro Taques, ameaça sair e cobra pesquisa para definir vaga para o Senado por MT

Mesmo reconhecendo que os democratas possam marchar com outro candidato a governador, deixando sua aliança, Taques não cede. Mas desconversa e avisa que o momento é de discutir propostas para Mato Grosso não personalizar o pleito, antecipando a definição de nomes.

“Não vou polemizar com Júlio Campos. O DEM tem, sim, legitimidade para buscar uma vaga ao Senado, ou qualquer posição que desejar”, respondeu Pedro Taques, em entrevista para a reportagem do Olhar Direto.

“No momento não estamos discutindo nomes, mas o que queremos para Mato Grosso”, explicou Taques, repetindo um jargão que ficou conhecido pelos jornalistas que cobrem a área política.

Risco total Júlio Campos defendeu que Taques tenha pulso para anunciar publicamente quem é seu aliado para a disputa do Senado, na chapa que deve encabeçar. O Presidente do DEM confirmou que há um distanciamento do pré-candidato da legenda de Leonel Brizola, por considerar que há falta de consideração.

“Pedro Taques não conversou ultimamente nem com Jaime, nem comigo, nem com ninguém do DEM”, afiançou ele, ao reconhecer que desde de dezembro a participação em uma outra chapa majoritária começou a ‘ganhar corpo’, internamente, entre os Democratas.

“A divergência ocorre, pois não haverá condições de candidatos a senador em uma mesma chapa”, ponderou. Desde então, o DEM analisa pelo menos mais duas possibilidades, além da aliança com Taques: coligação com o PMDB ou até mesmo uma chapa própria, com o PSDB, para montar um palanque exclusivo do presidenciável tucano Aécio Neves (MG).

O DEM possui dialogo avançado com PSDB, SDD e PTB, além de partidos emergentes para lançar candidato próprio candidato ao governo de Mato Grosso.