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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Carros & Motos

Brasil testa furgão elétrico da Nissan, mas está longe de tê-lo

Depois de um mês rodando cerca de 90 quilômetros por dia nas ruas do Rio à serviço da FedEx, o furgão elétrico e-NV200, da Nissan, encerra seu período na cidade e embarca, ainda esta semana, para mais uma etapa de testes em Washington, nos Estados Unidos.


O carro, primeiro elétrico da montadora depois do compacto Leaf, vai começar a ser produzido neste semestre em Barcelona, na Espanha. Antes, no mês que vem, será oficialmente apresentado no Salão de Genebra.

O veículo começará a ser usado até o fim do ano em Yokohama, no Japão, cidade natal da Nissan, pela prefeitura. A montadora não revela que outros mercados receberão o modelo.

Brasil sem elétricos

Apesar de o Brasil ter sido o primeiro país das Américas a testar a van elétrica, o mercado local não terá veículo tão cedo. Nem o Leaf é comercializado no país ainda -algumas unidades circulam no Rio de Janeiro e em São Paulo como táxis, em sistema de comodato.

Há alguma informação sobre medidas a serem divulgadas para elétricos e novas tecnologias de propusão, mas só acredito com o decreto assinado"

Anderson Suzuki, gerente de
veículos elétricos da Nissan
A Nissan diz que as políticas de incentivos para a produção do carro elétrico no Brasil ainda não foram definidas pelo governo, e a falta de isenções inviabiliza a produção do produto em escala comercial.
"Questões legais com o governo estão sendo discutidas. Estamos trabalhando fortemente como montadora e junto com a Anfavea (associação de montadoras) para buscar incentivos. Há alguma informação sobre medidas a serem divulgadas para elétricos e novas tecnologias de propusão, mas só acredito com o decreto assinado", disse Anderson Suzuki, gerente de veículos elétricos da Nissan.
"A importância que a Nissan dá para os veículos elétricos no plano brasileiro não é diferente do plano global. Tem coisas a serem resolvidas em termos de incentivos, mas a Nissan insiste na mobilidade sustentável e na emissão zero", completou.
táxi elétrico sp nissan leaf (Foto: Letícia Macedo/ G1)
Leaf como táxi em SP (Foto: Letícia Macedo/ G1)
1 ano dos táxis no país
No mesmo que vem, completa um ano que os táxis eletricos da monbtadora circulam pelo Rio com contrato de experiência com a prefeitura, que seguirá pelo menos até as Olimpíadas de 2016.
Além dos elétricos da Nissan, unidades do híbrido (com um motor a combustão e outro elétrico) Prius, da Toyota, circulam em São Paulo também como táxis.
"Sei de muitas histórias. Até de passageiros que acenam para o táxi elétrico, entram e pedem para o motorista andar uns R$ 10 só para conhecerem o carro. As pessoas se surpreendem com o nivel mínimo de ruído dentro do carro", contou Suzuki, da Nissan. São 15 táxis circulando no Rio e 10 em São Paulo.
"A melhor maneira encontrada (para divulgar) foi o táxi, para as pessoas sentirem o conforto, o silêncio. Foi uma maneira de criar notoriedade para o carro e mostrar o potencial ao consumidor", resumiu.
A FedEx diz que está investindo nesse tipo de veículo e tem 167 elétricos rodando pelo mundo. No Brasil, há seis Renault Kangoo 100% elétricos em operação, três no Rio e três em São Paulo, desde o fim de dezembro, além de conta com 365 híbridos.
O carregamento da bateria da van elétrica da Nissan tem duas opções de voltagem (Foto: Lilian Quaino/G1)
O carregamento da bateria da van elétrica
da Nissan tem duas opções de voltagem:
110v e 200v (Foto: Lilian Quaino/G1)
Sobre o e-NV200
O e-NV200 usa a mesma plataforma do Leaf e é baseado em um modelo a combustão que será usado como táxi em Nova York.
"Queremos o melhor dos dois mundos. A carga volumétrica (o quanto ele consegue carregar) do e-NV200 é a maior do segmento. É a única van compacta capaz de acomodar uma maca ou um pallet. A versão de passageiros tem 5 lugares. Novas tecnologias poderão fazer a gestão de frota, com a conectividade com smartphones", explicou Suzuki.
Segundo ele, uma frota de 100 furgões elétricos poderia reduzir em 1.700 toneladas a emissão de CO2 em cinco anos.
Sobre os testes no Rio, Suzuki diz que tudo ocorreu dentro do planejado. "A autonomia da bateria não foi problema. A van, em sua rotina, não roda mais de 100 km por dia, coletando e entregando encomendas. Foi possível o carregamento da bateria durante a noite", disse.
Segundo explicou, a recarga da bateria foi feita no ponto de abastacimento instalado na base da FedEx, em Olaria, subúrbio do Rio.
Ficha técnica
Dimensões: comprimento, 4,40m; largura, 1,69m; altura, 1,85m
Capacidade de carga: 4.200 litros ou 4,2 m3
Compartimento de carga: comprimento, 2m
Potência: 109 cv (80kW)
Torque: 28,5kgfm (280 Nm)
Bateria: íon-lítio (mesma do Leaf)
Pontos de recarga
A recarga pode ser feita de 3 formas. A primeira é usando uma tomada normal de 110 volts, resultando em carrga completa em 22h, o que, segundo Suzuki, não é viável pra uso diário.
No carregamento nível 2, o ponto de carga é instalado na rede monofásica em 220 volts, com carga completa em quatro horas, o que é o recomentado e foi implantado na sede da FedEx.
Uma alternativa são os eletropostos, em alta voltagem, de 400 volts. No Rio, há um instalado na Lagoa, Zona Sul do Rio, com carregamento de 80% em 30 minutos. A carga de 100% é evitada nessa situação, para manter a integridade da bateria, que pode ser afetada pelo aquecimento.
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