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Sábado, 20 de abril de 2024

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Primeiras impressões: Honda CBR 500R

Foto: Reprodução

Primeiras impressões: Honda CBR 500R
Há muito tempo motociclistas brasileiros clamavam por motos de média cilindrada, na faixa dos 500 cc, já que havia um “buraco” entre as chamadas pequenas e as grandes. A Honda ouviu estes pedidos e lançou, mundialmente, a nova linha CB 500 no Salão de Milão de 2012.


No ano passado, foi a vez de o Brasil ter a apresentação dos três modelos no Salão Duas Rodas. A primeira da família a chegar foi a CB 500F, ainda no final de 2013.

Desde o início de janeiro, a versão esportiva da família, a CBR 500R, começou a ser vendida no país, partindo de R$ 23 mil.

Para o primeiro semestre de 2014, a Honda promete completar a gama, com a CB 500X, modelo que possui visual aventureiro e será a mais cara da gama, ainda sem preço definido.

O objetivo para a Honda é que a CBR 500R se torne a moto de entrada para o segmento das esportivas no país e também a mais vendida, alcançando cerca de 500 unidades por mês.

Atualmente, a "urbana-esportiva" Kawasaki Ninja 300 vende cerca de 250 unidades mensais e a liderança na faixa de média e alta cilindrada é da CBR 600F, com 150 unidades/mês, segundo números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Como o próprio nome indica, a 500R faz parte da linhagem de esportivas da fabricante japonesa, como CBR 600RR e CBR 1000RR. No entanto, este “R” a menos significa muita coisa, mostrando o comportamento menos radical da 500. A proposta da Honda foi criar um modelo com visual bem agressivo, mas que não possui desempenho de uma superesportiva.

Existem duas opções de cores para a CBR 500R: vermelha e branca. No entanto, a tonalidade branca é válida apenas para a versão com ABS. A garantia é de 1 ano, sem limite de quilometragem.

Sem rival direta
Por estar no meio do caminho entre as pequenas e as grandes, a CBR 500 não possui uma concorrente direta. Algumas motos ficam mais próximas, como a Kawasaki Ninja 650 e a Kasinski Comet GT 650R. As duas também são esportivas, com motores de dois cilindros, mas trazem mais cavalaria e agressividade em seus pacotes.

O preço da Comet é próximo (veja na tabela acima), mas a Ninja é mais cara e seus 72,1 cavalos mostram se tratar de um modelo bem mais esportivo. Se do lado de cima a briga é com estas duas, do lado de baixo a Honda vê a famosa Ninja 300 despontar no retrovisor com um visual interessante, motor bicilíndrico de 39 cavalos, e preço de alguns milhares de reais a menos.

No fundo, não há como colocá-las como rivais diretas, mas também é de se esperar que quem for comprar uma "Ninjinha" ou CBR 500 vai pensar em uma ou outra como possibilidade, seja por querer algo mais barato ou devido à busca de mais potência e esportividade.

500 com 'corpinho' de 300
O G1 rodou com a CBR 500R em um circuito de Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo. Asfalto perfeito e longas retas foram propícios para levar o modelo ao limite, apesar de ainda deixar dúvidas sobre o comportamento em uma cidade e na estrada, habitat natural da CBR.

A primeira impressão ao subir na moto é a de um veículo leve e com massa bem distribuída. Apesar do motor de 470 cc, a CBR está com tudo no lugar e seu “corpinho” está mais para uma 300.

Diferenças em relação à CB 500F
Assim como a CB 500F, moto com a qual compartilha quase todo o conjunto, a CBR é muito fácil de conduzir e, ao girar o acelerador, a moto fica completamente nas mãos do condutor.

Em comparação com a "irmã" F, a R traz as nítidas mudanças visuais, com a adoção de carenagens cobrindo o motor e um farol duplo na dianteira, no melhor estilo da linha CBR (veja comparativo abaixo). Sua estética é muito bem acertada e faz a moto poder ser confundida com a superesportiva da marca, a CBR 1000 RR, principalmente pelo conjunto dianteiro.

De acordo com a Honda, apesar de não haver diferenças técnicas nas suspensões da CBR 500R, o corpo dos amortecedores foram alongados para possibilitar a adoção dos semiguidões, que são novidades na R em relação à F, trazendo o posicionamento mais esportivo para o motociclista.
Outra mudança ocorreu no painel da CBR, que foi fixado na cúpula do farol, enquanto na CB 500F o item fica junto ao guidão. O mostrador é digital e bem simples, de fácil visualização.
Apesar de indicar agressividade, a ergonomia da 500R surpreende pelo conforto. Embora o motociclista fique mais deitado do que na 500F, não chega a ser um estilo de pilotagem radical.

Motor é acertado, mas falta esportividade
Sem nenhuma alteração em relação à 500F, o motor da CBR entrega 50,4 cavalos de potência máxima. Não é nada assustador, nem empolgante, mas seu funcionamento, extremamente linear e dócil, é digno de elogio. Ao contrário do que acontecia na antiga CB 500, este bicilíndrico já mostra força em baixos e médios giros, não necessitando de trocas de marchas em demasia, mostrando bom sinal para quem pretende utilizar a moto na cidade.

O câmbio de seis marchas tem engates macios e precisos. Como se espera nas motos da empresa, “tudo está em seu lugar”, funcionando corretamente. Entretanto, estamos falando de um conjunto simples. A balança é de aço, renegando materiais mais leves como o alumínio, e os freios trazem apenas um disco em cada eixo.

Seu sistema de frenagem é eficaz, mas não apresenta uma "mordida" muito contundente. Mais uma vez, a Honda pensa na abrangência do produto que, com esta característica, deve agradar a motociclistas menos experientes. Para ter ABS, é necessário pagar R$ 1.500, assim o preço chega a R$ 24.500.

O funcionamento do ABS aparece sem ser muito invasivo, mas, para a linha 500, a empresa deixou de lado o sistema combinado, que reparte automaticamente a força de parada entre os freios. Tecnologicamente, isto é um passo para trás.

O câmbio de seis marchas tem engates macios e precisos. Como se espera nas motos da empresa, “tudo está em seu lugar”, funcionando corretamente. Entretanto, estamos falando de um conjunto simples. A balança é de aço, renegando materiais mais leves como o alumínio, e os freios trazem apenas um disco em cada eixo.

Seu sistema de frenagem é eficaz, mas não apresenta uma "mordida" muito contundente. Mais uma vez, a Honda pensa na abrangência do produto que, com esta característica, deve agradar a motociclistas menos experientes. Para ter ABS, é necessário pagar R$ 1.500, assim o preço chega a R$ 24.500.

O funcionamento do ABS aparece sem ser muito invasivo, mas, para a linha 500, a empresa deixou de lado o sistema combinado, que reparte automaticamente a força de parada entre os freios. Tecnologicamente, isto é um passo para trás.
Comercializada de 1997 a 2004 no Brasil, a antiga geração da Honda CB 500 atingiu 21 unidades vendidas no país. Sua produção foi feita em Manaus e o modelo fez muito sucesso com seu motor de dois cilindros e 498,8 cc de cilindrada, que chegava a 54 cv a 9.500 rpm.
Para a nova geração, a Tailândia foi escolhida pela Honda para produzir a linha 500 para o mundo, porém, para baratear o produto para o Brasil, a empresa também tem fabricação da linha em Manaus.
Mesmo que componentes, principalmente do motor, sejam importados de Tailândia e Japão, o chassi e partes plásticas são feitos nacionalmente. De acordo com a Honda, as versões F, R e X compartilham 55% das peças.

Boa opção para iniciantes
Embora o foco do desenvolvimento do produto tenha sido a Europa, a linha CB 500 "caiu como uma luva" para o mercado brasileiro. Falando especificamente da CBR 500R, a moto deve alavancar o mercado de esportivas no país. Com visual atrativo, a moto não pode ser considerada barata, mas tem um custo-benefício interessante pelo que oferece.

Sem concorrentes diretas, o caminho para o almejado posto de "esportiva mais vendida do Brasil" será facilitado. Atributos para isso a moto tem e, com sua facilidade de condução, se torna uma ótima opção para quem está começando no segmento esportivo ou como degrau para comprar motos maiores.

A moto deverá ser importante, inclusive, para o aprendizado dos motociclistas que agora poderão ter um novo degrau antes de comprar motos de quatro cilindros de 600 cc e 1000 cc. Com isso, uma regra de legislação criada na Europa acaba por beneficiar também o mercado brasileiro.

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