O candidato ao governo, Lúdio Cabral (PT), afirmou hoje (23) que possui provas fartas que comprovariam a compra de votos e abuso de poder econômico por parte do empresário Aldo Locatelli em prol do seu principal adversário, Pedro Taques (PDT). Na semana passada, o petista avisou que denunciaria o concorrente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), porém ainda não oficializou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Lúdio foi sabatinado nesta manhã durante o programa Chamada Geral, da Mega FM, ancorado por Lino Rossi com comentários de Ricarte de Freitas e Vinicius Carvalho.
 
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“Nós flagramos isso e estamos organizando provas, provas fartas daquilo que ocorreu na ‘churrascada’ do Aldo Locatelli, mais um bilionário financiador da campanha do Pedro Taques. Essa semana nós protocolaremos a ação para que o TRE investigue e comprove que aquele fato como abuso de poder econômico. Uma festa para centenas de pessoas em um dos postos de gasolina do Aldo Locatelli, com distribuição de comida e bebida, com material de campanha do candidato Pedro Taques, adesivos colocados em caminhões da sua empresa. Ele mesmo, naquele dia, disse que tinha mais de 3 mil caminhões adesivados no estado e que depois daquela ação ele iria colocar mais R$ 20 milhões na campanha do Pedro”, afirmou Lúdio Cabral.
 
Questionado sobre os resultados negativos da Educação mato-grossense, gerenciada há 7 anos pelo PT, Lúdio ressaltou que espera o 2º turno da eleição para fazer um debate direto com Taques e lembrou que os aliados do seu adversário comandaram a Secretaria Estadual de Educação no primeiro mandato do ex-governador e hoje senador, Blairo Maggi (PR).
 
“No 2º turno, onde vamos ter um debate olho no olho, vou fazer uma comparação, pois a turma do Pedro Taques foi responsável pela Seduc, Ana Carla Muniz, esposa do Percival Muniz (PPS), e Luiz Antônio Pagot, que foi envolvido naquele escândalo do Dnit, foram secretários de Educação. Eu vou comprar os 4 anos deles com os 7 anos do PT. Só um dado, na gestão deles houve ganho de 8% dos trabalhadores com eles. Conosco foram 73% de ganho, mais de dez vezes mais”, disparou.
 
Lúdio informou que está praticamente descartada a vinda da presidente Dilma Rousseff (PT) à Mato Grosso, que definiu agenda prioritária nos estados de Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo. O candidato, no entanto, aposta na vinda da presidenciável em um eventual segundo turno.
 
Na entrevista, ao ser abordado por um ouvinte identificado apenas como ‘Oliveira’ que perguntou o motivo do candidato não estar repetindo em 2014 a estratégia de 2012, quando fez campanha para prefeito de Cuiabá em cima das obras da Copa do Mundo, Lúdio promete rigor na avaliação dos contratos e acusou o espectador de ser ‘apoiador de Pedro Taques’. “O Oliveira deve ser apoiador do Pedro Taques, aparenta ser. Cuiabá e Várzea Grande receberam mais de 50 obras estruturantes. Nosso adversário torceu contra a Copa do Mundo o tempo todo, atacando no Senado. Ao invés de contribuir ficou torcendo contra para que tudo desse errado. A Copa foi um sucesso”, pontuou o candidato.
 
O petista afirmou que, caso eleito, vai acompanhar detalhadamente cada um dos contratos das obras para identificar erros e punir os responsáveis. “A ampliação do aeroporto foi um sucesso, uma pena que a empreiteira responsável pela obra (Engeglobal), que é do ‘Berinho’, pai do candidato a deputado federal Fábio Garcia (PSB), não fez o serviço certo e precisa ser punido. Empresa que atrasa obra, que faz obra com qualidade precária, precisa ser punida. Não tenho compromisso com empreiteira, tenho compromisso com a população”, discursou o candidato da coligação ‘Amor a Nossa Gente’.
 
Silval
 
Respondo a perguntas de outros ouvintes do programa Chamada Geral, Lúdio garantiu que não esconde o governador Silval Barbosa (PMDB) em sua campanha e disse que vai aprender com os erros do seu apoiador. “Os erros e os acertos servem para aprendizado. Eu fui escolhido por 5 partidos por um entendimento de que eu represento o novo, não tenho compromissos com os erros de ninguém, mas vou aprender com eles”, disse.