Chamado de ‘crápula’ por Antero Paes de Barros, marqueteiro dos candidatos Pedro Taques (PDT) e Rogério Salles (PSDB), o candidato ao Senado pelo PR, Wellington Fagundes (PR), preferiu não comentar diretamente as declarações, porém coube ao seu coordenador geral de campanha, o ex-prefeito de Rondonópolis, Ananias Filho, revidar os ataques sofridos. Assim como fez Antero, Ananias foi duro em suas colocações e chamou o marqueteiro de ‘sujeito ingrato’, revelando que o ex-senador prestava assessoria a Fagundes antes do período eleitoral.
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“Há três meses, Paes de Barros prestava assessoria política a Wellington Fagundes. Mas, certamente, viu que haveria uma campanha milionária à sua disposição e, oportunista como é, simplesmente virou as costas e foi atrás do seu principal objetivo. Portanto, é um sujeito ingrato”, disparou Ananias.
Para o coordenador e homem de confiança de Fagundes, Antero ‘velho conhecido da política rasteira que se pratica neste Estado’, que seria sepulta nestas eleições. Ele opinou que as declarações dados por Antero ao Olhar Direto mostram ‘desespero’ da coligação.
Político experiente, Ananias Filho enfatizou que a estratégia da coligação de Pedro Taques e Rogério Salles, neste momento, é de confundir o eleitor, colocando-o distante do debate eleitoral consciente e com propostas. “Temos hoje uma eleição ao Governo que vai para o segundo turno e uma posição consolidada de Wellington ao Senado”, afirmou.
Segundo Ananias, em setembro de 2004 o Ministério Público Federal pediu busca e apreensão de documentos no escritório do PSDB, na residência do ex-governador Dante de Oliveira e também no escritório de Antero de Barros. "Uma das mágoas de Dante foi exatamente esse tratamento criminoso dado a ele. Agora sabe quem assinou o pedido a Justiça? Pedro Taques. Hoje, são amiguinhos", frisou.
Ananias negou que a campanha de Wellington seja responsável pelo vídeo viral que circula nas redes sociais em que Antero aparece fazendo discurso na tribuna do Senado Federal supostamente defendendo a divisão de Mato Grosso. “Aqui temos coragem, o que falta do lado de lá. Aqui ninguém atira pedra e esconde a mão” – frisou. “Ao ver essa acusação descabida, procurei fazer as devidas checagens. E percebi que esse vídeo está na internet desde 2006. Ou seja, há mais de oito anos”.
Ananias lembrou que o vídeo começou a circular quando Paes de Barros foi candidato ao governo na disputa contra Blairo Maggi. “Isso explica a campanha sem conteúdo de Rogério Salles. Todas as vezes em que Antero percebe que vai perder uma eleição, ele acusa seus adversários de quererem dividir Mato Grosso, apela para uma proposta de campanha voltada exclusivamente ao terrorismo contra o eleitor. É ‘useiro e vezeiro’ nesse tipo de atitude. E descaradamente diz que é democrata. Antero faz política rasteira, da pior espécie”, criticou.
Para Ananias Filho, Antero ‘não aguenta provar do seu próprio veneno quando foi a tribuna falar sobre a divisão, ao encaminhar a favor do plebiscito e agora faz acusações sem provas, achando que o eleitor é ignorante’.
Ananias ainda comparou o esquema de campanha de Antero de Barros a um projeto mal acabado do estilo usado pelo chefe da propaganda nazista de Adolf Hitler, o ministro Paul Joseph Goebbels, a quem é atribuído a celebre frase: “Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”, ao tratar da acusação que a campanha de Rogério Salles tenta impor contra Wellington Fagundes no episódio da divisão do Estado. Mas, ao contrário de Antero e do próprio Salles, quando governador, Ananias destaca as inúmeras ações de Fagundes em favor da integração do Estado.
