Apesar de aparecer como último colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato a senador Gilberto Lopes (PSOL) está firme na disputa, apesar de concorrer contra o abuso do poder econômico. Para ele, a disparidade na disputa ficou comprovada neste domingo (05/10), em que os locais escolhidos para as zonas eleitorais amanheceram “forrados” de santinhos.
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“O abuso do poder econômico está aqui no chão, para qualquer um ver”, disse o candidato do PSOL, enquanto apontava para a calçada em frente a Escola Estadual Fenelon Müller, no Bairro CPA III, aonde votou. Junto dele, seus cinco voluntários, entre eles o próprio filho, seu “exército” contra o dinheiro dos adversários.
Como candidato ao Senado, Gilberto esteve à margem de uma das disputas mais acirradas e cheias de acusações por parte dos dois primeiros colocados nas pesquisas, Wellington Fagundes (PR) e Rogério Salles (PSDB). “Eles conseguiram provar entre si que ambos são desonestos. Agora a população precisa ver que é possível fazer uma política diferente”, ponderou.
Fazer história
O candidato a senador Gilberto Lopes acredita que o Procurador Mauro, postulante a deputado federal e maior liderança do PSOL em Mato Grosso, terá a maior votação da história de um deputado federal. “Ele será o mais votado. O voto de protesto será sua arma. O povo está cansado essa política. Ele terá mais de 300 mil votos e vai conseguir puxar ainda mais um deputado”, afirmou.
A eleição de Mauro poderia causar uma reviravolta no cenário da disputa pelas oito vagas de deputado federal. Com cerca de 250 mil votos ele conseguiria abrir legenda para os candidatos do PSOL, mas esse número pode cair se as abstenções forem altas.
Ele vem sendo candidato em Mato Grosso desde 2006, sempre a cargos majoritários,essa é a primeira vez que ele tenta um cargo proporcional. Ele sempre se destacou pela sua participação sempre crítica e eloquente nos debates. Seu horário eleitoral também é conhecido por possuir jingles ao estilo do lambadão, ritmo original da Baixada Cuiabana.
