Um dia após Aécio Neves (PSDB) contrariar as pesquisas que apontavam a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) como favorita em Mato Grosso e manter a tradição do PSDB vencer as eleições presidenciais em Mato Grosso, o presidente regional da sigla tucana, deputado federal Nilson Leitão, já começou os trabalhos de campanha para o segundo turno.
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O objetivo de Leitão, que se sagrou deputado federal mais votado do Estado, é ampliar a vantagem de Aécio sobre Dilma em Mato Grosso através do sentimento de descrença com a atual gestão. Para isso, Leitão acredita que o apoio do governador eleito Pedro Taques (PDT), que em nível estadual representou o combate a uma gestão PMDB/PT, terá participação crucial.
“O Taques vai ter uma importância vital. Ele é eleitor do Aécio e, além disso, amigo pessoal, e não tenho dúvida que participará desse segundo turno. Sei que ele terá uma transição de governo para fazer, mas ajudará muito”, afirmou o deputado federal. Taques ainda não anunciou sua posição oficial durante o segundo turno, mas já disse que Dilma tem um lado diferente do dele em Mato Grosso.
Além disso, Leitão também pretende aumentar os eleitores de Aécio indo a busca das abstenções, que somaram mais de 500 mil votos, além dos votos das pessoas acima dos 70 anos, os quais já tem o direito ao voto facultativo. Para ele, essa abstenção, maior que a média nacional, se reflete na descrença do mato-grossense com a atual gestão, do PMDB apoiada pelo PT, que está no poder desde 2002, quando então o PR comandava do Executivo ao lado do Partido dos Trabalhadores.
“A mensagem está clara. Se Mato Grosso quisesse o PT teria elegido o Lúdio. Ele não pode ser pior que a Dilma, é igual”, ponderou, em um tom crítico. “Vamos buscar os votos de quem se absteve. Essas pessoas estão descrentes com o PT. Podemos conseguir muitos votos aí”, ponderou.
O parlamentar federal ainda afirmou que buscará unir todo o grupo da coligação “Coragem e Atitude Para Mudar” que tiveram outros candidatos no primeiro turno em torno de Aécio. Enntre eles o PP, cuja posição foi pró-Dilma, encabeçada por Eraí Maggi Scheffer, o “rei da soja”. “Eu acredito que 70% do PP já era Aécio. Agora vamos conversar com os outros, mas respeitaremos a posição deles se não quiserem”, afirmou.
