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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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REFORMA ADMINISTRATIVA

Pedro Taques afirma quer reduzir gastos e secretarias para melhorar serviços ao cidadão, mas nega corte aos poderes

Foto: José Luiz Medeiros / Assessoria 'Coragem e Atitude Para Mudar'

Pedro Taques afirma quer reduzir gastos e secretarias para melhorar serviços ao cidadão, mas nega corte aos poderes
Mesmo sob pressão de segmentos que o apoiaram até o início do mês, o governador eleito José Pedro Taques (PDT) confirmou que irá reduzir o número de secretarias de Estado e que considera importante a qualidade do serviço prestado à população, e não a nomenclatura da pasta. O anúncio sobre as Secretarias de Estado que serão extintas ou fundidas ocorrerá em 5 de novembro e o que for dito, antes desta data, será tratado como especulação. Ele negou que esteja cobrando redução de gastos nos poderes constituídos – Judiciário e Legislativo; também não o fez de órgãos autônomos – Ministério Público e Tribunal de Contas.


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“Cheguei [de uma semana de férias] e me reuni com a equipe de transição. Acompanhei as críticas [sobre a possível extinção de secretarias de Estado]. E a democracia é boa por causa disso: todos podem opinar, inclusive criminosos. As opiniões têm que ser fundamentadas em argumentos técnicos e políticos”, observou ele, em uma emissora de TV web.
 
“A constatação será feita até 5 de novembro. Tenho ouvido opiniões, porque fui eleito governador e não imperador. Tenho de conversar com pessoas, técnicos e classe política, para que possamos decidir. A reforma administrativa será feita: agora, se serão 12, 14 ou 16 secretarias é de menor importância”, ponderou o governador eleito. “O que interessa para o cidadão, lá na ponta, é que os serviços sejam prestados com qualidade e que a cultura chegue aos municípios”, justificou Pedro Taques.
 
O governador eleito lembrou que estranha a surpresa, já que havia prometido, na campanha eleitoral, reduzir o custeio da máquina pública, o que incluir diminuir secretarias de Estado e cargos comissionados. “Na campanha eleitoral prometemos um choque de gestão: e isso nós faremos! Eu não discuto perfumaria. Discuto fatos”, desconversou sobre as críticas das áreas culturais, de comunicação e do turismo.
 
“Deve-se discutir com fundamento técnico e compromisso político, se as Secretarias de Segurança Pública e de Justiça vão ser fundidas ou não, para se criar a Secretaria de Defesa Social, como em Minas Gerais. Existem teses coerentes contrárias e favoráveis. Existem argumentos respeitáveis de ambos os lados. Mas quem decide, é o governador  foi eleito”, pontuou Taques.
 
Nem mesmo as opiniões do coordenador da equipe de transição, prefeito Otaviano Pivetta (PDT), de Lucas do Rio Verde, e do marqueteiro Antero Paes de Barros sensibilizam o governador eleito a deixar de extinguir secretarias de Estado. “O prefeito Pivetta é um grande administrador e tem direito a expressar a opinião dele. Mas decide é quem foi eleito. Eu quero ouvir as pessoas. Existem defesas razoáveis para manutenção de certas secretarias de Estado”, emendou.
 
Sobre a crítica de Antero de Barros à extinção da Secretaria de Turismo, o governador eleito não quis aprofundar na resposta. “O [ex] senador Antero Paes de Barros foi contratado como marqueteiro pela campanha. Respeito opinião do Antero Paes de Barros: a opinião é dele e eu respeito”, ponderou, sem aprofundar na resposta.
   
“Será que as Secretaria de Estado [cotadas para extinção ] estão  funcionando bem? O que o cidadão deseja é que o Estado funcione com eficiência, honestidade e  transparência”, respondeu Taques, para Antero.
 
Repasse aos poderes

Pedro Taques negou que tenha solicitado redução de repasses ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e outros poderes. “Eu fiz uma visita de cortesia ao Tribunal de Justiça, para discutir questão dos cartórios, no processo de regularização fundiária”, pontuou ele, que foi recebido pelo atual presidente, desembargador Orlando Almeida Perri, e pelo próximo, desembargador Paulo Cunha.
 
“Os desembargadores Orlando Perri e Paulo Cunha me solicitaram extra-oficialmente que não haja cortes [na verba orçamentária do Judiciário]. Isso será discutido entre os técnicos”, respondeu ele.
 
Durante a campanha eleitoral, Pedro Taques atacou fortemente os repasses para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, aos quais considera elevados. Na época, o então presidente em exercício da Assembleia, deputado Romoaldo Júnior, respondeu que trataria a questão de forma institucional, já que os repasses são determinados pela Constituição do Estado e obedecem ao que está inserido na Lei Orçamentária Anual (LOA).
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