Distante 447 quilômetros de Cuiabá, o município de Araguainha leva o título de menor colégio eleitoral de Mato Grosso e também do Brasil. Os eleitores da pequena cidade, de pouco mais de mil habitantes, também foram às urnas no último domingo (26) para escolher o próximo presidente do Brasil.  De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o local conta com 898 eleitores.

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Segundo os dados da Justiça Eleitoral, a atual presidente Dilma Rousseff (PT) teve a preferência da maioria dos eleitores do município de Araguainha. A petista ficou com 59,80% (360), enquanto que Aécio Neves (PSDB) teve 40,20% (242). Porém, em todo o Estado a preferência foi pelo tucano, que teve 54.67% dos votos válidos em Mato Grosso.
 
Ainda segundo o TSE, 269 pessoas da cidade deixaram de votar, o que representa 29,96% de todos os eleitores. O número ficou acima da média do Estado (25,43%) e também do país (21,10%). Além disto, foram 10 votos em branco (1,59%) e 17 nulos (2,70%).
 
No primeiro turno das eleições de 2014, os eleitores da pequena cidade seguiram a maioria do Estado e também escolheram Pedro Taques (PDT) como governador de Mato Grosso. Ele recebeu 364 votos (59,87%). O segundo colocado no município foi Lúdio Cabral (PT), com 126 votos (20,72%). Janete Riva (PSD) ficou em terceiro com 117 votos (19,24%).
 
Na ocasião, 675 pessoas votaram na cidade. Destas, vinte votaram em branco e 47 nulo. Araguainha possui uma área de 687,973 Km². Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) a densidade demográfica é de 1,59 habitantes/Km. Em 2010, o município contava com 1.096 moradores e a estimativa para este ano era de mil habitantes.

Curiosidade
 
Vale lembrar que o município de Araguainha já foi centro de atenções por conta de assuntos extraterrestres. Um estudo publicado por pesquisadores da Austrália, Reino Unido e Brasil na revista científica Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, apontou que a colisão de um meteorito de aproximadamente 40 quilômetros de diâmetro na região teria sido um dos causadores da maior extinção de espécies da Terra.
 
O Estudo apontou que uma sucessão de eventos decorrentes do impacto pode ter provocado em questão de dias um rápido e fatal aquecimento global. Até Tsunamis teriam sido originados em decorrência do impacto, além de terremotos com magnitude de até 9,9 graus na escala Richter num raio de mil quilômetros em torno da cratera.

Segundo os cálculos dos pesquisadores, em questão de dias podem ter sido liberadas na atmosfera 1.600 gigatoneladas de metano, quase cinco vezes mais do que o despejado no planeta desde o início da Revolução Industrial, há 250 anos. “Nossa hipótese indica que a cratera de Araguainha pode ter tido um papel importante, ainda que indireto, nesse processo”, ressaltou o geólogo Ricardo Trindade, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.