A oposição se reuniu na noite de quarta-feira, 5, na casa do deputado estadual José Riva (PSD) para um jantar que tinha como prato principal a construção de uma chapa forte para a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa (AL). Dos 13 deputados eleitos pela oposição ao futuro governo de Pedro Taques (PDT), apenas José Domingos Fraga, correligionário do anfitrião, não apareceu. Pelo que apurou o
Olhar Direto, apesar da ausência, sobram cadeiras na formatação da chapa.
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Na cozinha da família Riva, uma espécie de consenso começa ser trabalhado. O ingrediente principal é a abertura para que deputados aliados a Taques ocupem cargos de grande relevância na Mesa. E já tem convite entregue. O tucano Guilherme Maluf pode ser o ingrediente que faltava para engrossar de vez o caldo. O parlamentar, que dentro do chamado 'G-11' já manifestou seu desejo de ser candidato, vem sendo assediado pelos principais líderes da oposição.
Por essa tese, a chapa teria o republicano Mauro Savi como presidente e Guilherme Maluf como primeiro secretário, cargo também almejado pelo peemedebista Romoaldo Junior. “Hoje tudo caminha para esse consenso dentro da oposição de que é preciso compor com a situação, mesmo que minimamente, para garantir uma vitória. Mesmo assim, tem deputado que está na dúvida se buscamos ou não mais apoios do lado de lá”, revelou uma fonte a nossa reportagem.
Contabilizando o faltoso Zé Domingos e a chegada do tucano, a chapa da oposição contaria hoje com 14 deputados, um a mais do que o necessário para garantir a eleição do grupo. “O Zé Domingos é uma questão que precisa ser resolvida pelo seu partido, com certeza o deputado Riva vai contornar o que quer que esteja acontecendo. O importante é que está se consolidando um grupo forte”, garantiu a fonte.
No grupo de sustentação a Pedro Taques, o momento é de incerteza. Além de Maluf, os deputados Zeca Viana (PDT), José Eduardo Botelho (PSB) e Dilmar Dal Bosco colocaram seus nomes à disposição. Oscar Bezerra (PSB) corre por fora, mas as conversas estão estagnadas. Ninguém abre mão e o entendimento fica cada vez mais longe.
Sob o discurso de respeito a independência dos parlamentares, Taques afirma se manter longe das discussões, mas não deve deixar o seu caldo entornar. Uma Mesa Diretora alinhada aos seus desejos de mudanças é fundamental para um bom início de governo. Se os seus deputados não se alinharem, a tendência é que ele entre de cabeça na briga. Até fevereiro de 2015, quando ocorre a eleição, muito coisa pode acontecer, inclusive com chapas sendo desfeitas ou formadas da noite para o dia.
