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Sábado, 20 de abril de 2024

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Combate à corrupção

Taques promete empenho contra “crápulas, ladrões, trapaceiros nefastos”; veja íntegra do discurso

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Taques promete empenho contra “crápulas, ladrões, trapaceiros nefastos”; veja íntegra do discurso
O governador Pedro Taques (PDT) fez um duro discurso de combate à corrupção durante sua posse nesta quinta-feira (1), no Centro de Eventos do Pantanal. “Os crápulas, os ladrões, os trapaceiros e os nefastos que se acocoram nos poleiros conspurcados da coisa pública, contra estes vou empenhar tudo o que posso, toda a fibra que tiver, toda a luz que, oxalá, iluminar minha alma política”, declarou. Antes disso, já havia discursado durante sessão na Assembleia Legislativa.

 
Leia abaixo a íntegra do discurso de Pedro Taques na posse e veja o vídeo da fala do pedetista durante sessão da Assembleia Legislativa.
 
Secretários que assumirão o cargo; senhores parlamentares estaduais e municipais; membros do Poder Judiciário e Ministério Público; 
Prefeitos; autoridades religiosas, autoridades civis e militares; 
Autoridades indígenas; 
Representantes de federações, associações e entidades de classe; 
Representantes de partidos políticos, lideranças comunitárias; 
Representantes da nossa imprensa; 
Uma saudação carinhosa à minha mãe, dona Eda; à minha esposa, Samira Martins; minha filha, Renata; ao meu pai, Seo Nego, e todos os demais amigos e familiares; 

Senhores, 

Mato Grosso é meu pai. Destemido, confiante, severo, justo. “Primeiro pare de respirar, Pedro” – ele me dizia. “A coragem, perca depois”. Ele, com o tamanho magnífico da sua geografia, das águas do Teles Pires e Juruena, até Furnas e Araguaia, da Ilha do Bananal ao Rio Madeirinha, demanda o trabalho mais importante que já esteve diante de mim. 

Mato Grosso é minha filha. A ternura, o vigor e a promessa, o amor incomensurável por quem eu daria, se fosse preciso, a minha própria vida. E então a ouço, minha Renata, como a voz de cada mato-grossense digno de nossa terra, dizendo que os conclaves dos adultos devem se deixar abrir pelas chaves-mestras da juventude, ou de nada valerão as mudanças que fizermos. 

Mato Grosso é minha mãe, que acolhe, que gera e que nutre, que nos olha compassiva ao longo de nossa jornada e nos conhece em tudo o que somos. “Vá para o mundo, Zé Pedro, mas nem mato vive sem raiz”. Lembra-me da terra generosa que seremos sempre, recebendo nossos filhos aqui nascidos, os que para cá vieram, os que ainda virão, todos, independentemente da cor da pele, da riqueza ou da religião. Eu, que nasci nesta Cuiabá de tantos sendeiros, que fui para São Paulo, para o Acre, para Brasília e para muitas lonjuras, mantive, mãe, minha raiz, nesse Mato Grosso, fértil e grande. 

Mato Grosso é meu irmão. Ele nos oferece a chance da convivência, do crescimento comum, de sermos iguais perante o mesmo teto. Só entre irmãos poderemos construir os caminhos para que nossa igualdade essencial não seja esmaecida pela soberba, pela cupidez, pela conduta incivil. Iguais em dignidade, em direitos, em deveres, não aceitaremos nada menos em nossa terra de irmandade. 

Agora eu deveria dizer que Mato Grosso é minha mulher. Mas eu não vou facilitar tanto assim o trabalho dos jocosos, nem vou dar azo aos misóginos... Prefiro, ao revés, fazer uma homenagem à mulher mato-grossense, por sua fibra, sua luta, sua liderança e inteligência, tomando como exemplo destas qualidades a Samira, minha companheira. Quero dizer a vocês todas, minhas queridas conterrâneas, que em meu governo não permitirei o sexismo, a desequiparão baseada no gênero. Vou por toda a estrutura do Estado para combater a violência contra a mulher. 

Pois hoje, na inauguração de meu governo, penso no Mato Grosso como a grande e amantíssima família que formamos com nosso amor, nossa cultura, nossa história, nossos vultos, nossa riqueza e, sei, pela pobreza que ainda se apresenta. 

Amigos, 
(Me permitam chamá-los de amigos) 

Eu juro que jamais vou me acovardar diante do desafio, esmorecer diante da dificuldade ou submergir na desfaçatez dos pusilânimes, porque assim eu não estaria à altura desta família que me elegeu. 

Prometo não me apequenar diante das burocracias autojustificadas que fazem a ruína de homens fracos, nem enveredar pelas vilanias do poder que ostenta, mas não realiza. 

Os crápulas, os ladrões, os trapaceiros e os nefastos que se acocoram nos poleiros conspurcados da coisa pública, contra estes vou empenhar tudo o que posso, toda a fibra que tiver, toda a luz que, oxalá, iluminar minha alma política. 
Pois se o exercício legítimo do poder tem uma função, é melhorar a vida dos governados. Não a dos governantes. 
Tudo faremos por quem precisa e, nada – eu o prometo! – nada, para os boçais e preguiçosos, a não ser mostrar-lhes a tradição mato-grossense do trabalho árduo e produtivo. 

Meu governo, torno a dizer, não será um valhacouto de pelintras e abusados, mas uma universidade para o serviço público profissional e idealista. A este, quero prestigiar. 
Que cada cidadão desse nosso querido Estado saiba que seu governador não urde, não admite, não coonesta e não aceita a corrupção política e administrativa, em qualquer de suas formas. Busco ser o governo mais transparente da história de Mato Grosso. 

Perguntem e terão as respostas. Procurem e saberão achar a realidade contábil de cada centavo que vier aos cofres públicos e dele sair. Quero que cada cidadão me fiscalize e denuncie os erros que souber. 

Sejam 3.224.357 de fiscais do meu governo! 

Até para que toda a cidadania saiba quais os recursos e qual o potencial de nosso erário. Escolhas difíceis precisarão ser feitas. É atroz nossa realidade orçamentária. 

Mato-grossenses de sangue e de coração, 

Não vou gastar mais do que podemos honrar, endividando nosso presente e nosso futuro. Nosso povo não merece essa irresponsabilidade. Quem promete realizar tudo de uma vez, mente e engana, assim como quem nada faz justifica com as dificuldades sua própria inércia. 

Eu vim do Ministério Público Federal e do Senado. Sou um homem de instituições, um entusiasta da Constituição de 1988. 

Não esperem de mim bonapartismos e arruadas. As leis asseguram e demandam modos e procedimentos e assim será feito nesta administração. O Poder Executivo é um dos poderes constitucionais, que deve atuar com harmonia com o Poder legislativo e o Judiciário. As instituições criadas pela nossa República devem funcionar com liberdade e independência. Este administrador conta com isso. E saberá respeitar o espaço constitucional do Ministério Público, da Advocacia e da Defensoria Públicas, do Tribunal de Contas, das prefeituras, nossas parceiras, do Tribunal de Justiça e da Assembléia Legislativa. 

Senhores, 

Governarei para a indústria, o comércio, os serviços e a agricultura, pois é a riqueza desses segmentos que cria os valores que beneficiarão todo nosso Estado. E quero, de público, fazer um convite a todos os homens de negócio do Brasil e do mundo: venham para o Mato Grosso. Somem com a gente. O governo será um aliado previsível e justo do empreendedorismo. E não vou esquecer do trabalho, do homem do campo e da cidade que empresta à comunidade o valor de sua labuta. Prometi e governarei, sobretudo, para os mais pobres e para os que mais precisam. 

Eu vou governar para os homens e mulheres de bem. Para quem não sabe quem são eles, peço que, por favor, não apoie meu governo. 

Chamo a sociedade civil para colaborar com esta administração, bem como a fiscalizá-la. Nas igrejas, nas lojas, nos clubes, nas escolas e faculdades, nas ruas e nos rincões, a política é uma arte nobre, capaz de conjugar esforços e encontrar consensos. Pouco me importa em que se votou nas eleições. Ofereço o diálogo a todos e saberei respeitar a diversidade e a oposição. 

Conto e confio na imprensa livre e sei que nós, os mato-grossenses, por amarmos tanto a liberdade, seremos um bastião contra aqueles que, temerosos de críticas, tramam contra a liberdade de opinião e de sua manifestação. 

Quero inspirar o patriotismo e o civismo nas nossas crianças e na mocidade; que nossos estudantes saibam dos feitos de nossos homens e mulheres notáveis. Que se orgulhem de viver nessa terra de calor e promissão. É a tradição dos desbravadores que comungamos, dos que souberam ver na terra sem lida o melhor lugar para a semente nova da prosperidade. 

Eu sou apenas mais um mato-grossense, ungido ao cargo que agora assumo pela generosidade imensa de nossa gente. 

Eu agradeço de todo o meu coração a extraordinária oportunidade que me foi dada de cumprir o meu dever. E juro, olhando nos olhos de cada pessoa que tem a ventura de viver em nosso Estado: eu vou cumprir o meu dever. 

É meu juramento, 
minha palavra, 
meu projeto de vida."



 
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