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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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A desconfiança de Pedro Taques e a esperança do povo mato-grossense

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

A desconfiança de Pedro Taques e a esperança do povo mato-grossense
A primeira impressão é a que fica. Os cinco decretos assinados por Pedro Taques (PDT) no seu primeiro dia de serviço dão o tom de como será a administração do novo governador do estado de Mato Grosso. O clima festivo da posse e o discurso cheio de adjetivos políticos deram lugar a semblantes sérios e, nas falas, substantivos técnicos. O governo começou.


A análise da realidade financeira ainda gera debates, porém, a situação é bem pior do que imaginava a equipe de transição. Na Conta Única, principal centralizadora dos recursos do Estado, o saldo é irrisório, apenas R$ 84 mil. Nos últimos dois dias do ano, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) autorizou mais de R$ 100 milhões em pagamentos, a maior parte deles para empreiteiras.

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O ex-governador, logo após entregar a faixa para Taques, garantiu que deixava pelo menos R$ 800 milhões em caixa e mais de R$ 4,5 bilhões em convênios. Antes de assumir Taques já não acreditava muito em Silval, mas preferiu esperar seu primeiro dia de serviço para conferir se o que o peemedebista dizia era verdade.
 
Ontem (02), na sua primeira entrevista coletiva no salão Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás, Pedro Taques desmentiu Silval. E mais. Diante do que encontrou, deu a entender que suspeita de quase tudo que teve o dedo do seu antecessor. E mais ainda. Vai investigar a fundo cada centavo que saiu dos cofres públicos nos últimos anos, pelo menos nos últimos quatro.
 
Nos decretos, medidas impopulares e austeras. Pedro Taques demitiu dois mil servidores comissionados, suspendeu todos os procedimentos de contratação, inclusive a nomeação de 600 policiais civis, suspendeu todos os pagamentos de contratos de prestadores de serviço e fornecedores por 90 dias, suspendeu todos os empenhos de restos a pagar, que totalizam R$ 760 milhões, e determinou o recadastramento anual de servidores públicos. Tudo isso para reestabelecer o equilíbrio financeiro do Executivo. Para impedir novos problemas, Taques só vai permitir a nomeação de comissionados considerados ‘Ficha Limpa’.

Embora o cenário seja perturbador, Taques acha que a vaca ainda não foi para o brejo e adota um discurso de que Mato Grosso ainda tem jeito sim. Para bom entendedor, meia palavra basta. Taques fala em choque de gestão, onde o choque é o pilar que vai sustentar a gestão. A dúvida é por quanto tempo o governador vai ficar ‘eletrocutando’ a gestão de Silval até que a sua gestão, de fato, comece? A população quer o fim da corrupção, do desgoverno. Só que não parece muito disposta a esperar muito por isso. Quer menos discursos, menos símbolos, e mais ações, mais resultados. É prudente que a nova administração pondere que o povo está impaciente com a falta de saúde, educação e segurança, e, apesar da esperança em Pedro Taques, vai gritar daqui uns dias se na prática os serviços não voltem a funcionar. 
 
Uma responsabilidade grande para um pequeno homem que precisou de um banquinho para ser visto melhor na sessão de posse na Assembleia Legislativa, mas promete lutar como um gigante para que a população mato-grossense tenha orgulho de viver em Mato Grosso. Será preciso investigar e gerir, gerir e investigar.
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