O fundador da Azul e presidente da TAP, David Neeleman, afirmou – em entrevista ao Jornal ‘O Globo’ – que a companhia europeia pode ter voos diretos para Cuiabá a partir de 2019. A capital mato-grossense está entre os principais alvos do empresário que estuda novos destinos no Brasil e nos Estados Unidos, após a compra da companhia aérea.

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Questionado sobre os novos destinos da companhia aérea portuguesa, David Neeleman revelou que “São Luís, Teresina e João Pessoa” são alguns dos alvos e ainda acrescentou que “podemos ir também para Cuiabá, onde a Azul é forte, e Campo Grande. Todas as capitais”.
 
Os trajetos devem ser feitos com os novos aviões encomendados pela empresa (que devem começar a chegar a partir de 2019), os A321 LR. Eles podem chegar a várias cidades brasileiras, a partir de Lisboa (Portugal). Além disto, os custos com esta aeronave seriam menores: “No A330-900, por exemplo, preciso de 180 pessoas a bordo para chegar ao break-even (ponto de equilíbrio em que não se tem ganho nem perda). Nos A321, bastam 85. E os A321 têm alcance de sete a oito horas de voo”.
 
O empresário ainda falou sobre voos diretos para os Estados Unidos: “Nos Estados Unidos, a TAP só voa para New Jersey e Miami. Achamos ser possível voar para seis a oito novos destinos. Há muitos portugueses em Boston e Washington. Na Europa, já há cerca de 50 destinos. Talvez tenhamos que ignorar alguns”.
 
Porém, até lá o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), precisará receber diversos reparos e se adequar para receber voos internacionais. Vale lembrar que o voo que ligava Cuiabá a Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) foi cancelado por conta dos problemas no terminal.
 
As obras de reforma e ampliação do Aeroporto de Cuiabá, que deveriam ter sido finalizadas antes da Copa do Mundo de 2014, continuam paralisadas. A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) deverá ficar responsável pelo restante dos serviços, mas ainda aguarda a assinatura do Governo do Estado.
 
Além disto, outros pontos precisarão ser revistos para a implantação da rota internacional. Especula-se que o Aeroporto Internacional Marechal Rondon deverá ser concedido à iniciativa privada nos próximos anos. Na última semana, uma pesquisa feita pela SAC (Secretaria de Aviação Civil) apontou que o terminal mato-grossense foi escolhido como o pior do país.