O Equador pediu nesta terça-feira ajuda a Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela para conter uma série de incêndios florestais, que castiga principalmente Quito.

Três bombeiros já morreram, e 50 pessoas foram retiradas de suas casas e levadas para um ginásio esportivo no norte de Quito. Outros dois bombeiros ficaram feridos quando tentavam aplacar as chamas, de acordo com um boletim oficial.

"Apenas no dia de hoje, tivemos em nível nacional 17 incêndios dos fortes, dos graves, mas outras dezenas de tamanho menor. A verdade é que a situação foi crítica. As instituições, as equipes estão respondendo, mas sim, precisamos de apoio internacional", declarou o presidente Rafael Correa, em entrevista coletiva.

Com 2,3 milhões de habitantes, Quito e suas zonas rurais ficaram com a pior parte nessa incomum propagação de incêndios que afeta oito das 24 províncias equatorianas. Até 5 de setembro, 2.905 hectares de matas haviam sido consumidos no país.

Hoje, vários focos foram registrados simultaneamente na periferia da cidade, erguendo uma espessa cortina de fumaça. Os fortes ventos e altas temperaturas dificultam o trabalho dos bombeiros.

Para enfrentar a emergência, "abriram-se essas linhas de cooperação diretamente com Venezuela, Colômbia, Chile e Brasil" para contar "com meios aéreos" e tentar conter o avanço do fogo - afirmou o ministro coordenador de Segurança, César Navas, em entrevista coletiva.

O presidente Correa disse esperar que o governo brasileiro possa disponibilizar um "avião-tanque".

As autoridades suspeitam de que várias das emergências tenham sido causadas de forma intencional, ou por imprudência, por pessoas que queimam lixo a céu aberto. O governo ativou um plano de recompensa de até 50.000 dólares por informações que levem aos responsáveis.