Após o episódio de agressão contra uma criança, na Padaria Viena, em Cuiabá, investigadores trabalham para localizar os menores envolvidos no caso e o ex-funcionário da empresa, acusado por desferir dois socos contra o rosto de um deles. De acordo com a Polícia, além da busca pelo suspeito, a principal providência no momento é descobrir se as crianças passam por situação de exploração.
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Deste modo, para que a apuração tenha andamento, o proprietário e o gerente do estabelecimento, assim como outras testemunhas, serão entrevistados pelo delegado Paulo Araújo, responsável pela investigação. Eles chegaram a ser ouvidos pela Polícia Militar (PM), na sexta-feira (8), no momento em que a agressão foi registrada, mas serão chamados formalmente nos próximos dias para depor na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Dedicca).
Também foi informado que, embora não tenha revelado o nome do funcioário, o gerente, Eduardo Soares, não deverá responder criminalmente. O entendimento é de que não houve omissão, uma vez que ele estaria tentando preservar a integridade do acusado, identificado no momento apenas como José.
No domingo (10), o secretário municipal de Assistência Social de Cuiabá, José Rodrigues Rocha Júnior, afirmou ao Olhar Direto notificaria hoje (11) as Polícias Militar e Civil, além do próprio secretário de Estado de Segurança, delegado Roger Jarbas, para conseguir auxílio em um investigação sobre a exploração do trabalho infantil.
Segundo ele, assistentes deverão efetuar 'rondas' nas proximidades da panificadora na tentativa de localizar outras crianças. Além disso, profissionais deverão realizar visitas a casa das mesmas para descobrir o motivo delas trabalhar e quem a explora.
Ainda sobre o episódio, o empresário divulgou uma nota pública onde pede desculpas pelo ocorrido. “Importante, também, registrar nossa indignação com o fato, que agride nossa história e nossa formação, pedindo profundas desculpas aos nossos amigos e clientes, que saberão reconhecer que tais fatos, por sua própria natureza, sempre acontecem por iniciativa pessoal, independentemente da vontade ou orientação dos proprietários ou responsáveis pelo estabelecimento comercial”, diz um trecho do texto.
