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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Violência

Imagens confirmam agressão de ex-funcionário a criança que deixava padaria Viena

Foto: Reprodução

Imagens confirmam agressão de ex-funcionário a criança que deixava padaria Viena
Imagens de uma câmera de segurança da Padaria Viena, localizada no bairro Popular, em Cuiabá, confirmaram que o ex-funcionário do estabelecimento agrediu uma criança que vendia paçoca aos clientes do local. O fato, que mobilizou centenas de pessoas em redes sociais como Facebook e Whatsapp, foi registrado no dia 08 de abril deste ano. No outro dia, o acusado foi demitido do emprego.


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De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil (PJC), as imagens comprovam que o ex-funcionário deu dois tapas na criança. Porém, também foi informado que o vídeo não será disponibilizado, pelo menos por enquanto. O suspeito foi identificado como José Soares.
 
José ainda não foi ouvido pelo delegado Paulo Araújo, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), que é o responsável pelo caso. Porém, isso deve acontecer nos próximos dias. No dia do acontecimento, a vítima estava acompanhada de dois irmãos.
 
Segundo a denúncia, as três crianças de rua entraram na padaria e compraram algo para comer. Enquanto duas delas dividiam a comida, a terceira e mais nova, vendia paçoca aos clientes do local, momento em que foi recompensada por uma das freqüentadoras com uma guloseima. No entanto, ao se dirigir à mesa onde os outros dois estavam, foi agredida pelo funcionário.
 
“A empresária efetuou o pagamento dos produtos [dados ao menor] e a criança saiu contente pela porta a caminho da mesa dos irmãos, ao passar por um funcionário que estava no local foi covardemente agredido por este com dois socos em seu rosto, desferidos com tanta força que tudo que a criança tinha em mãos caiu em meio aos outros clientes e o menino em cima da mesa onde os outros dois irmãos já estavam se alimentando... as três crianças, humilhadas e assustadas saíram chorando e correndo”, diz trecho da publicação do produtor cultural Willian Gama, que denunciou o caso.
 
Uma denúncia ajudou os policiais a identificar os meninos e também encontrar o pai do  garoto de 12 anos que sofreu a agressão.  Os policiais ligaram para o pai da criança, que trabalha como vigilante em uma creche na Cohab Alice Novack, no bairro Jardim Industrial. Ele disse que tem nove filhos, que ganha cerca R$ 1 mil,  e os filhos maiores ajudam nas despesas da casa vendendo pães e doces. “Hoje buscamos todos para serem ouvidos na Delegacia”, disse o chefe de operações Darimar Carneiro Aguiar.

Outro lado

Após as denúncias de agressão contra um menino de 11 anos, o advogado Marco Antônio Dias Filho, representante do acusado, José Soares, negou que o cliente tenha praticado o crime. Ao Olhar Direto, ele classificou o relato de clientes como “fantasioso” e disse que o segurança apenas pediu ao menor, que estava acompanhado por dois colegas, de 13 e 15 anos, que se retirassem do estabelecimento.

A justificativa para o pedido é que a criança estaria causando desconforto aos clientes com a venda de paçocas. “Essas crianças deveriam estar na escola, e não trabalhando. As informações são tão exageradas, que, se a situação fosse verdade, os pais do garoto teriam notado os possíveis hematomas, já que meu cliente é um homem de 2 metros de altura. Mas eles não perceberam nada, porque não houve agressão.”
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