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Sábado, 20 de abril de 2024

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Mãe se propõe a cuidar de filhos de mulheres que vão prestar o ENEM e lança movimento feminista inspirador

Mãe se propõe a cuidar de filhos de mulheres que vão prestar o ENEM e lança movimento feminista inspirador
“Você tem um minuto para escutar a palavra do feminismo?” – e é assim que abre o Face da

Fernanda: cheio de empoderamento! Chegamos até ela depois de descobrir que ela estava se oferecendo para cuidar dos filhos de mães que fariam a prova do ENEM.

“O Mães no ENEM é um projeto feito com coração e sororidade para ajudar mulheres do Brasil inteiro“, escreve Fernanda. E ela conta pra gente como a ideia surgiu: “quando eu e uma amiga postamos no Facebook que estaríamos disponíveis para cuidar dos filhos das mulheres que vão fazer o ENEM esse ano. Sou mãe e feminista e sei como é difícil, dentro de um sistema machista e patriarcal, conciliar múltiplas tarefas: casa, vida profissional, estudos“.

A página do projeto já chegou aos 1000 seguidores e não param de chegar voluntárias querendo somar e fazer a diferença na vida de muitas mulheres. “Somos quase duzentas de norte a sul do país“, diz Fernanda. E o mais bacana é que tem voluntárias que já estão se disponibilizando para ficar com as crianças antes mesmo do ENEM, enquanto a mãe estuda, vai em um cursinho do bairro. Tem voluntária já disposta a ajudar com redação – é muito maravilhoso!

“Muitas mulheres são mães solo e não contam com o apoio da família ou com família morando na mesma cidade”, conta ela confiante sobre o sucesso do projeto, confiante. E completa: “Eu sozinha ando bem, mas com vocês ando melhor“. S2

Fernanda Vicente é mãe, jornalista, tem 36 anos e hoje mora em Santos, litoral paulista. E para deixar o movimento ainda mais consolidado ela conta com a ajuda da advogada Ana Bavon, fundadora do Feminaria – uma rede colaborativista exclusivamente feminina. O papel da Ana é fazer a assistência jurídica, analisar as voluntárias, uma vez que a ideia também é aproximar mães e voluntárias.

“Fiz uma lista com os dados iniciais de cada mulher divididos por estado, essa lista está na página do projeto. A ideia é contar em breve com voluntárias para ajudar nesse banco de dados e também orientar mães e voluntárias” – ouviram?

“O feminismo entrou na minha vida faz muito tempo, quando eu tinha uns 18 anos. Sempre me incomodei com o machismo e a misoginia que enfrentamos desde crianças, sempre questionei porque os meninos podiam determinadas coisas e as meninas não. Para mim feminismo é política, é resistência, é luta“.

E para quem ainda não entendeu para que tanto feminismo, ela consegue ser bem didática: “Mulher ajudando mulher é revolucionário, é político e rompe com aquela máxima machista que nos é imposta de que somos inimigas. Não, não somos inimigas, somos irmãs e temos que nos unir, porque juntas somos mais fortes. Costumo dizer que mulheres são como águas, elas crescem quando se juntam. Isso é sororidade“.

GRITO!

Valeu, Fernanda!
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