Em 2004, ano do casamento da Ambev com a belga Interbrew, o brasileiro Jorge Paulo Lemann apareceu pela primeira vez em uma lista de bilionários de
FORBES. Então com fortuna de 1,1 bilhão de dólares, o hoje homem mais rico do Brasil figurava na posição 514 da lista global, empatado com outros 38 endinheirados de vários pontos do mundo.
Bastaram 12 anos para que sua fortuna se multiplicasse por 30 e inscrevesse o carioca entre os 20 mais abastados do mundo, na frente de mitos do dinheiro como o investidor George Soros. Em reais, Lemann rompeu a assombrosa marca dos 100 bilhões — cifra nunca antes exibida por um brasileiro. Isolado na primeira colocação da versão 2016 da lista de FORBES Brasil, o imperador da cerveja detém sozinho 12% da soma dos patrimônios de todos os 165 brasileiros listados.
Com o zigue-zague das economias interna e externa — que repercutiu diretamente nabolsa de valores, principal origem das fortunas verde-amarelas —, o time de bilionários brasileiros perdeu cinco nomes nesta edição. Em contrapartida, ganhou sete novos integrantes.
untos, os novatos adicionaram 10 bilhões de reais à conta final da fortuna dos bilionários, que alcançou 850,76 bilhões de reais, o equivalente a quase 15% do PIB do país em 2015.
A lista de bilionários de FORBES Brasil em 2016 elenca 165 nomes, de fortunas individuais ou familiares. Entre eles, quatro herdeiros de titulares de patrimônio que morreram nos últimos 12 meses, deixando juntos 27,53 bilhões de reais.
A gangorra da economia nacional, acelerada pelas investigações da Operação Lava Jato, revelou seu impacto no sobe-e-desce das fortunas. Entre os bilionários já presentes na lista do ano passado, 82 tiveram engorda do patrimônio, enquanto 73 emagreceram. Para sorte destes últimos, tudo pode mudar no próximo ano.
O ranking completo é o destaque da FORBES Brasil deste mês, já nas bancas, na Apple Store e na Play Store.
