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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Cidades

Identificados suspeitos de terem executado jovem em aeroporto no RS

Os dois homens que executaram um jovem dentro do terminal dois do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no final da manhã de terça-feira (20), já foram identificados pela polícia, no entanto os nomes não foram divulgados pela investigação. Marlon Soares Roldão, de 18 anos, foi atingido por diversos disparos, e a polícia acredita que o crime tenha motivação passional.


“Foram tiros realmente à curta distância. Já encontramos em torno de 20 cápsulas deflagradas, vinte estojos deflagrados e a grande maioria dos ferimentos são na região superior do corpo”, explica o diretor do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Cleber Müller.

 Imagens divulgadas pela polícia  mostram dois homens sentados em uma cafeteria momentos antes do crime. Quando identificam a chegada de Marlon eles caminham em direção à vítima e efetuam os disparos. Em seguida eles correm em direção a um veículo Cobalt, que os aguardava do lado de fora, e deixam o local.

O carro, clonado, usado na fuga foi encontrado perto do aeroporto e peritos fizeram o trabalho de coleta de impressões digitais.

“De repente a gente ouviu uns tiros. Eu tive a impressão que parecia batendo em alumínio assim, mas muito forte. Não dei muita bola. Aí uma colega disse: ‘isso é tiro’. Aí a gente se apavorou”, relata Letícia Marocco, funcionária da Infraero.

De acordo com a investigação, Marlon estava namorando uma jovem que chegou a ter um relacionamento com um integrante de uma facção criminosa de Porto Alegre, e por isso teria sido executado.

“Não tem nada até o presente momento que leve à outra situação que não a passionalidade desse delito”, afirmou o delegado chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt.

O delegado Adriano Melgaço, responsável pelo caso, afirma que o crime tem características de execução, e que a polícia já tem suspeitos. A perícia realizada no local apontou que Marlon foi atingido por 17 disparos.

Responsabilidade pelo policiamento
Por meio de nota, a Infraero informou que vai colaborar com a investigação da polícia. "O assassinato ocorreu em área pública do aeroporto, onde a responsabilidade pela segurança é da Polícia Militar, conforme o Programa Nacional de Segurança Civil contra Atos de Interferência Ilícita".

A Brigada Militar classificou, em nota, como "equívoco" a interpretação do decreto, citado pela Infraero em nota. "O artigo 12 demonstra claramente que a principal responsabilidade pela segurança nos aeroportos cabe à Polícia Federal. O artigo 13 elucida que as funções de polícia judiciária e ostensiva para preservação da ordem pública podem ser executadas pelos órgãos estaduais, por meio de convênio."

A corporação informou que não existe nenhum convênio entre o Estado do Rio Grande do Sul, Brigada Militar e Infraero.

"Cabe, ainda, diferenciar que o crime ocorreu em área interna, de acesso e circulação de público, porém particular. Seria o mesmo que cobrar da Brigada Militar e do estado do Rio Grande do Sul policiamento em áreas internas de shoppings ou supermercados. A Infraero deve ter conhecimento a respeito das áreas de utilização pública de suas dependências e de suas responsabilidades para não confundir o cidadão como se fosse uma área de administração pública."

Por meio de nota, a Polícia Federal disse não ter a atribuição legal de atuar em crimes cometidos no perímetro do aeroporto e que não tenha prejuízo à União. "A PF colaborou e seguirá auxiliando as forças de segurança envolvidas com a ocorrência", finaliza o texto.

Diariamente, quase seis mil pessoas circulam pelo terminal.
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