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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Colaborador relata ameaças para garantir esquema de propinas: "primeiro que vai é seu filho"

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Operação da Defaz cumpriu mandados em Mato Grosso e Santa Catarina

Operação da Defaz cumpriu mandados em Mato Grosso e Santa Catarina

Um dos colaboradores para descortinar o esquema de pagamentos de propinas na gestão Silval Barbosa (PMDB) o empresário Juliano Volpato, proprietário  denunciou ao Ministério Público Estadual (MPE) que teme por sua vida já que sofreu ameaças por parte da organização criminosa supostamente liderada por Silval Barbosa (PMDB).  


A investigação da Delegcia Fazendária em Mato Grosso resultou na deflagração da 5ª fase da Operação Sodoma na última terça-feira, 14. Apura-se um esquema de pagamento de propinas  na ordem de R$ 8,1 mi.

"Segundo Juliano, no final de 2014, já no término do mandato de Silval Barbosa, quando ainda pagava as propinas exigidas pelo governo, estava em frente à conveniência de seu posto de combustível, na
Avenida Prainha, quando foi abordado por um motociclista, que usando capacete perguntou seu nome, e ao saber que era Juliano disse: "rapaz dá um jeito de ficar bem quietinho por aí, pois o primeiro que vai é seu filho", diz trecho da investigação que consta em decisão da juiza Selma Arruda, responsável pelo decreto de prisão preventiva. 

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Na decisão, a magistrada aponta ainda que "embora não haja pistas sobre quem seja o autor direto da referida ameaça, é certo que Juliano Volpato não tenha motivos para prestar declarações falsas sobre esse tipo de ato, até porque não há indícios que tenha faltado com a verdade", assevera.

Após as considerações a magistrada decretou a prisão preventiva de Silval, além do ex-secretário de Administração, Francisco Faiad; do ex-secretário adjunto de Administração, José Jesus Nunes Cordeiro; do ex-secretário-adjunto executivo da Secretaria Executiva do Núcleo de Trânsito, Transporte e Cidades, Valdisio Juliano Viriato; e do ex-chefe de gabinete do Silval, Sílvio Cesar Corrêa Araújo. Silval, Silvio e José Jesus já estavam presos em decorrência de fases anteriores da Sodoma e permanecem no Centro de Custódia da Capital (CCC).

Entenda o esquema :

Os suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática  LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.

Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).

As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.

A magistrada ponder ainda no decreto de prisão, que as sucessivas fases da operação Sodoma denotam o poder de articulação do grupo liderado por Silval. "A cada investigação que chega ao conhecimento desse juízo, nota-se que a apontada organização criminosa parece não ter poupado nenhuma Secretaria deste Estado, nenhum órgão Público Estadual ficou isento da ação criminosa", finaliza. 
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