Enquanto caminha pela sala de casa, a jovem Lorena Santos, é acompanhada pelos animais de estimação, num vai e vém exaltado e comemorado até pelos bichos. Os primeiros passos de Lorena, assim como boa parte de seu tratamento e recuperação, foram documentados na internet. Desta vez, o caminho percorrido foi dentro de casa, conforme mostra um vídeo publicado na última sexta-feira (12), no Instagram.
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"Eu não ia postar o vídeo. Não era a minha intenção essa repercussão toda. Mas eu tinha que mostrar para todos os envolvidos e os que acompanharam durante a campanha, os que torceram e intercederam por mim.
A palavra certa para descrever o que eu me sinto é: livre. Embora eu esteja andando só dentro de casa sozinha é muito libertador levantar e andar sem precisar de alguém", comemora.
Nas imagens é possível ver a felicidade da jovem e a maneira como sorri ao voltar a andar depois de tanto tempo. Lorena é portadora de uma deficiência degenerativa que fez com que ela perdesse boa parte dos movimentos do corpo. A estudante ganhou na Justiça o direito de ter um tratamento com células troncos bancado pelo Estado, em Bangkok, capital da Tailândia.
Em janeiro deste ano, o
Olhar Direto já havia adiantado a informação de que, segundo os médicos, Lorena poderia voltar a andar em até 6 meses. A evolução, no entanto, ocorreu muito antes disso. Nos três vídeos compartilhados na internet, em que a jovem registra os seus próprios passos, já são mais de 80 compartilhamentos e quase 300 comentários.
Doença e tratamento
Lorena Santos sofre da Síndrome de Machado Joseph, com o qual foi diagnosticada aos 17 anos. A doença atinge o cérebro e tem capacidade degenerativa, o que fez com que ela perdesse os movimentos. O mal também prejudica a fala, a visão e até a ingestão de alimentos.Ela ganhou na Justiça o direito que o Estado custeasse um tratamentona Tailândia com células-tronco, no valor de R$ 171 mil.
A jovem esteve por lá de janeiro até fevereiro deste ano. Ela ainda deve voltar ao país asiático. anualmente para a aplicação de mais células-tronco. Com o tempo, as células vão se adaptando ao organismo do paciente e possibilita o retorno da coordenação motora e neurológica. A família, no entanto, torce para que o tratamento seja aprovado no Brasil e comece a ser custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).